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Nº 5822
Internacional

Arafat condiciona elei��o � desocupa��o de Israel

Ramallah – O líder palestino Iasser Arafat disse ontem que não haverá eleições gerais antes que Israel termine sua ocupação militar na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Questionado por um repórter sobre a data das eleições palestinas, Arafat respondeu: “Q

Por | Edição do dia 19/05/2002 - Matéria atualizada em 19/05/2002 às 00h00

Ramallah – O líder palestino Iasser Arafat disse ontem que não haverá eleições gerais antes que Israel termine sua ocupação militar na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Questionado por um repórter sobre a data das eleições palestinas, Arafat respondeu: “Quando terminar a ocupação de nossa terra”. Não ficou claro se o líder estava voltando atrás em uma promessa feita na quarta-feira (15) de que novas eleições aconteceriam como parte de reformas na autoridade palestina ou se ele simplesmente acredita que qualquer eleição conduzida sob as armas de Israel não poderia ser completamente livre. Ahmed Abdel Rahman, assessor de Arafat, havia dito ontem que o líder palestino tinha concordado em realizar eleições presidenciais e parlamentares em até seis meses. Assessores de Arafat não estavam disponíveis hoje para comentários. Uma autoridade palestina sênior informou que se encontraria com Arafat ainda hoje para tentar esclarecer suas declarações. Respondendo à crescente pressão internacional e interna, um comitê de membros do Conselho Legislativo Palestino pediu a Arafat que autorizasse eleições gerais no começo de 2003 e que formasse um governo mais enxuto dentro em breve para que governasse até as eleições. De acordo com a Agência Palestina de Estatísticas, cerca de 1,6 milhão de palestinos serão convocados para votar, caso haja eleições. As eleições anteriores - e únicas, até agora - foram realizadas em 1996. Na ocasião, Arafat foi eleito presidente com 85% dos votos. Os mandatos dos membros do Parlamento e do presidente terminariam em maio de 1999, mas foram prolongados por tempo indeterminado. Reocupação Antes de falar sobre a data das eleições palestinas, Arafat havia criticado as incursões militares israelenses que se realizam nas zonas autônomas. “Infelizmente, as operações militares (israelenses) continuam e os israelenses se preparam para lançar outras. Eu me pergunto até quando o mundo vai ficar com os braços cruzados diante das agressões que continuam”, disse Arafat. Sexta-feira as forças israelenses voltaram a invadir o campo de refugiados de Jenin em busca de suspeitos militantes palestinos, retornando ao local do mais violento confronto da ofensiva de Israel na Cisjordânia. Não houve registros de feridos e mortes logo após o ataque, que segundo testemunhas palestinas acabou horas após ter começado em meio à escuridão.

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