Internacional
Atentado a bomba mata filho de l�der guerrilheiro palestino

Beirute e Tel Aviv ? Um atentado a bomba em Beirute (Líbano) matou ontem o filho do guerrilheiro Ahmed Jibril, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG), grupo com sede na Síria responsável por ações terroristas contra Israel. Um grupo desconhecido, Movimento dos Nacionalistas Libaneses, reivindicou a autoria do ataque. A sua motivação seria eliminar militantes leais ao governo sírio em atividade no país. Integrantes da FPLP-CG, porém, acusam Israel pelo ataque. Três suspeitos foram presos. Em Damasco, Ahmed Jibril declarou: ?O Mossad (serviço de inteligência israelense) conseguiu desta vez assassinar meu filho, após ter tentado sem sucesso em outras quatro ocasiões?. O governo de Israel negou que estivesse envolvido na morte de Jihad Jibril, chefe do braço armado da FPLP-CG, visto como o provável sucessor de seu pai na liderança do grupo. Jibril morreu ao dar a partida em seu Peugeot 505. Segundo investigadores, dois quilos de explosivos foram colocados sob o banco do motorista. Ele era suspeito de coordenar ações terroristas, entre elas um ousado ataque em 1987 contra Kiryat Shmona (norte de Israel), no qual guerrilheiros partiram do território libanês pilotando um ultraleve. Em Tel Aviv (Israel), um homem-bomba palestino se matou ontem pela manhã numa operação policial ao norte de Israel ao ativar os explosivos que carregava preso ao próprio corpo. De acordo com uma fonte policial, não houve feridos. O homem, que aparentemente vinha de uma região próxima a Jenin (norte da Cisjordânia), foi parado num cruzamento perto da cidade de Afula, de acordo com a mesma fonte. O terrorista acionou os explosivos, quando os policiais se aproximaram. No domingo, um palestino vestindo uniforme militar israelense repleto de explosivos entrou no mercado central de Netania (cidade litorânea ao norte de Tel Aviv) e detonou os artefatos, matando três israelenses e deixando 56 feridos, alguns em estado grave. O autor do atentado também morreu. O ataque traz a possibilidade de retaliação. O governo do primeiro-ministro Ariel Sharon não revidou após o último atentado, em Rishon Letzion, mas agora deve ser pressionado para agir. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou sua ?total condenação ao ataque terrorista que atingiu civis israelenses?.