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Nº 5759
Internacional

Rice visita Iraque para tentar uni�o pol�tica

| Folhapress Com agências internacionais Os Estados Unidos e o Reino Unido manifestaram ontem a esperança de que o Iraque consiga reprimir a ação das milícias e unificar as forças políticas do país em torno de um governo estável. Em visita surpresa a

Por | Edição do dia 04/04/2006 - Matéria atualizada em 04/04/2006 às 00h00

| Folhapress Com agências internacionais Os Estados Unidos e o Reino Unido manifestaram ontem a esperança de que o Iraque consiga reprimir a ação das milícias e unificar as forças políticas do país em torno de um governo estável. Em visita surpresa a Bagdá, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o ministro britânico de Relações Exteriores, Jack Straw, reuniram-se com praticamente todas as facções iraquianas em dois dias de esforços diplomáticos. Rice fez questão de passar a noite no Iraque para mostrar que a segurança está melhorando no país, apesar da onda de violência sectária que atingiu o país desde o fim de fevereiro. A tensão entre xiitas e sunitas aumentou no Iraque desde que um santuário xiita foi alvo de um atentado em fevereiro na cidade de Samarra, ao norte de Bagdá. O ataque foi seguido por represálias entre xiitas e sunitas, que mataram mais de 450 pessoas. A secretária de Estados dos EUA afirmou que os líderes iraquianos, em negociações desde as eleições legislativas de 15 de dezembro de 2005, devem chegar a um acordo o mais rápido possível. “Se não forem escolhidos os cargos principais, será difícil formar um governo.’’ Straw e Rice se abstiveram de tomar partido na disputa sobre quem será o novo primeiro-ministro iraquiano, depois que a oposição contra a candidatura à reeleição do chefe de governo do Iraque, Ibrahim al Jaafari, encontrou eco inclusive em seu próprio campo. Eles enfatizaram que a prioridade é um governo forte, capaz de estabilizar o país e acabar com a violência cotidiana. “Não nos corresponde, nem a mim, nem a Jack Straw, determinar quem será o primeiro-ministro”, declarou Rice. O chanceler britânico não escondeu a impaciência de seu país e dos Estados Unidos ante a lentidão das discussões políticas no Iraque. “Sabemos que a formação de uma coalizão leva tempo, mas aqui está demorando demais”, criticou. A Presidência iraquiana anunciou recentemente acordos para criar um Conselho de Segurança Nacional, encarregado das decisões estratégicas, um comitê ministerial para se ocupar da segurança e um acordo sobre as normas de funcionamento do conselho de ministros. Vários parlamentares xiitas pediram que Jaafari retire sua candidatura, enquanto outros sugeriram que essa decisão seja confiada ao Parlamento. Jaafari, que afirma que não vai retirar a candidatura, foi designado pelos dirigentes de sua aliança, a dos xiitas conservadores, que conta com 128 das 275 cadeiras parlamentares. Violência Dez pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas ontem em um atentado contra alvos xiitas em Bagdá. Um carro-bomba explodiu quando os fiéis deixavam o templo depois da oração vespertina. O veículo estava estacionado perto da mesquita de Al Churuqi, situada na região de Al Chaab (nordeste da capital). Segundo a polícia iraquiana, outros 11 cadáveres com marcas de tiros em diferentes partes do corpo foram encontrados ontem em vários bairros xiitas e sunitas de Bagdá. O comandante de polícia Wisam Saad informou que todos os corpos são de homens entre 20 e 45 anos de idade. Quatro dos 11 cadáveres tinham as mãos atadas, os olhos vendados e sinais de tortura, explicou a fonte, que não deu mais detalhes. Em outro ataque com carro-bomba, cinco civis ficaram feridos ontem no bairro comercial de Karrada, centro de Bagdá, informou uma fonte do Ministério do Interior. Além disso, quatro membros da uma família xiita foram assassinados no domingo à noite por homens armados que invadiram sua casa no bairro de Dura, zona sul de Bagdá. O pai da família havia sido assassinado poucos dias antes. Autoridades militares norte-americanas anunciaram ontem que cinco marines norte-americanos morreram e outros três estão em local desconhecido devido a um acidente com o veículo no qual se dirigiam a um canal próximo à base militar de Al Assad, na região de Fallujah, 55km ao leste de Bagdá. Em comunicado, o comando militar dos EUA explicou que o acidente aconteceu quando os oito marines participavam de uma operação de apoio logístico no oeste da capital.

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