Washington – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, viajou, ontem, à Europa para assinar um acordo sobre armas com a Rússia e reforçar o apoio dos países europeus na guerra antiterror. O primeiro país a ser visitado é a Alemanha. Lá, ele conversará com o chanceler Gerard Schröder e fará um discurso para destacar a “sua visão de uma Europa unida, livre e em paz, e os esforços que têm de ser feitos para se chegar a isso”, de acordo com a conselheira para assuntos de segurança nacional dos EUA, Condoleeza Rice. O presidente dos EUA deve enfrentar uma manifestação contrária a sua visita em Berlim. Terça-feira, cerca de 100 mil saíram às ruas de Berlim para protestar contra a visita de Bush, em uma manifestação pacífica organizada por cerca de 250 organizações de esquerda, entre elas participantes do Partido Verde e ex-comunistas do Partido Social Democrata (PSD). “Bush inicia a viagem com otimismo. Sabe o muito que tanto os Estados Unidos como a Europa fazem para proteger o mundo e o muito que têm em comum”, disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer. “Nossa aliança deve permanecer firme na guerra contra o terrorismo no mundo”, declarou Bush a repórteres antes de o avião Air Force One partir para Berlim, Alemanha. “Mesmo com o sucesso inicial que tivemos, ainda há perigo para os países que adotam a liberdade, países como os EUA, a Alemanha, a França, a Rússia ou a Itália”. O foco central da viagem de uma semana -que inclui visitas a Berlim, Moscou, São Petersburgo, Paris e Roma – é uma cerimônia formal em Moscou na sexta-feira, em que os EUA e a Rússia assinarão um tratado para a redução do arsenal nuclear de ambos os países em dois terços. Esta é a segunda visita de Bush à Europa, como presidente, mas à Alemanha, Rússia e França será a primeira vez.