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Fome pode matar at� 12 milh�es de pessoas em quatro pa�ses da �frica

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Londres – Pelo menos 10 milhões de pessoas podem morrer de fome em quatro países do sul da África se a comunidade internacional não doar rapidamente grandes quantidades de comida. O alerta foi dado ontem pela Organização das Nações Unidas. “No pior cenário, 11 milhões a 12 milhões de pessoas não terão alimentação adequada”, disse James Morris, chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização das Nações Unidas (ONU). Hartwig de Haen, subdiretor da FAO (órgão da ONU para agricultura), disse que o sul da África vive sua pior situação alimentar em uma década, por causa de dois anos consecutivos de safras decepcionantes. Malawi, Zimbábue, Lesoto e Suazilândia são os países mais atingidos, segundo disseram as duas agências em um comunicado que apresentou o resultado de uma missão de avaliação à região. “Eles enfrentaram uma grave falta de comida a partir de junho de 2002, que pode se prolongar até a colheita de abril de 2003”, disse o texto, que prevê uma situação ainda mais sombria quando forem incluídos os dados relativos às safras de Zâmbia e Moçambique. Secas, inundações e geadas, além de fatores humanos e econômicos, provocaram os problemas nos últimos dois anos. O milho é o produto básico cujo preço mais aumentou. O PMA já alimenta 2,6 milhões de pessoas em Malawi, Moçambique, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue. Nos próximos 12 meses, a região precisará importar quase 4 milhões de toneladas de alimentos. Num prazo mais imediato, é necessário 1,2 milhão de toneladas. Morris disse que o PMA planeja fazer um apelo aos governos do mundo para que liberem os US$ 400 milhões que deve custar a operação. Outras agências humanitárias estimam o custo em US$ 1,8 bilhão. Os funcionários da ONU temem que a fome se agrave por causa da nova formação do fenômeno climático El Niño, que provoca secas em alguns países e enchentes em outros.

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