Internacional
Ap�s deixar Ramallah, tanques de Israel voltam a cercar Jenin

Jenin Os blindados israelenses voltaram às ruas de Jenin, ontem, mantendo a pressão sobre os palestinos, um dia depois do ataque de tanques e soldados contra a sede do governo de Iasser Arafat. Os soldados israelenses disparavam para o ar, mas não houve relatos de combates. O Exército disse que se tratou de uma patrulha de rotina em Jenin, cidade considerada pelos israelenses como um dos principais redutos dos militantes palestinos. Quinta-feira, Israel ressuscitou durante seis horas o cerco ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat. Prédios do complexo do governo foram explodidos e o quarto do presidente foi atingido, em retaliação ao atentado suicida com um carro-bomba que matou 17 israelenses nesta semana. Arafat não ficou ferido e, após a retirada, acusou Israel de fascismo. Ele mostrou sua cama cheia de entulho, um espelho quebrado e as paredes cheias de marcas de projéteis. Eu deveria estar dormindo aqui, mas tinha que trabalhar no andar de baixo e não vim dormir. Eles atingiram este quarto esperando que eu estivesse aqui, afirmou Arafat a jornalistas. O governo norte-americano alertou Israel para não ferir ou depor Arafat. Apesar disso, a Casa Branca voltou a criticar o líder palestino: Aos olhos do presidente (George W. Bush, dos EUA), Arafat nunca desempenhou o papel de alguém confiável e eficiente, ressaltou o porta-voz Ari Fleischer. O ministro israelense da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, disse que o ataque a Ramallah foi feito para pressionar a Autoridade Palestina a conter a ação dos militantes que cometem atentados suicidas. O primeiro-ministro Ariel Sharon acusou Arafat de estar conduzindo uma campanha inclemente para tentar quebrar o moral israelense. Vamos continuar esta batalha da maneira que julgamos mais conveniente, e vamos vencer. Numa pesquisa publicada, ontem, pelo jornal Maariv, Sharon tem 59% do apoio popular. O segredo do seu sucesso não são suas políticas ou ações, mas a concepção que o público faz de seu caráter, escreveu o colunista Chemi Shalev. Sharon é um líder forte, e isso é importante, mesmo que ele não esteja levando Israel a lugar nenhum.