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Igreja Católica

Conclave para escolha do novo papa tem início nesta quarta

Primeira fumaça deve aparecer após as 14h (hora de Brasília), na chaminé da Capela Sistina

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Cardeais participaram ontem da última reunião preparatório antes do conclave e hoje serão confinados na Capela Sistina
Cardeais participaram ontem da última reunião preparatório antes do conclave e hoje serão confinados na Capela Sistina | Foto: Reprodução

Os 133 cardeais eleitores do conclave começaram a se acomodar ontem na Casa Santa Marta, no Vaticano, onde permanecerão isolados do mundo durante a votação, que começa nesta quarta-feira, até a escolha do sucessor do papa Francisco. A residência onde Francisco viveu, chamada Domus Sanctae Marthae em latim, é um alojamento que o Papa João Paulo II mandou reformar no final dos anos 1990 para oferecer acomodações dignas aos cardeais que iam a Roma eleger um novo Pontífice. Antes, eles costumavam ficar em quartos pequenos, desconfortáveis e precários.

O conclave, segundo a Santa Sé, começará oficialmente às 10h desta quarta-feira, quando os sinais de telefone serão cortados no interior do Vaticano para isolar os cardeais de influências externas.

Ontem o Vaticano anunciou os horários aproximados do fim das votações do conclave. A primeira fumaça deve aparecer após as 19h (14h, no horário de Brasília) na chaminé da Capela Sistina.

No primeiro dia, há somente uma rodada de votos e, por isso, deve aparecer o resultado no início da noite, no horário local.

No primeiro dia, os cardeais são confinados na Capela Sistina por volta de 16h30 (11h30 no Brasil). Antes de indicarem um nome, eles participam de uma meditação conduzida pelo cardeal Raniero Cantalamessa e fazem o juramento solene: “Prometo e juro, assim que Deus me ajude e os Santos Evangelhos me guiem”.

Nos outros dias, a fumaça aparecerá às 5h30 ou 7h (horário de Brasília). Tarde: 12h30 ou 14h (horário de Brasília).

Durante o processo, os “príncipes da Igreja” devem permanecer sem telefone, sem acesso à internet ou a meios de comunicação, e conservar o sigilo sobre tudo que diz respeito à eleição do novo Papa. Por isso, os cardeais permanecerão isolados na Casa Santa Marta, podendo sair apenas para se deslocar até a Capela Sistina, onde ocorrerá a votação.

Os 133 cardeais comerão em espaços comuns, confessarão e terão momentos de oração, mas tudo isso deve acontecer longe de qualquer pessoa que não tenha feito um juramento de absoluta confidencialidade.

EXPECTATIVA

Se os cardeais da Igreja Católica não tiverem escolhido um novo papa até o terceiro dia do conclave, então as coisas não estarão saindo como planejado.

Conclaves curtos, encerrados em poucos dias, projetam uma imagem de unidade, e a última coisa que os cardeais de vestes vermelhas querem é dar a impressão de que estão divididos e que a Igreja está à deriva após a morte do papa Francisco, no mês passado.

“No máximo três dias”, previu com confiança nesta semana o cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chavez, antes da votação secreta que ocorrerá na Capela Sistina.

A duração média dos últimos 10 conclaves foi de 3,2 dias, e nenhum durou mais de cinco. As duas últimas eleições — em 2005, quando o papa Bento XVI foi escolhido, e em 2013, quando Francisco emergiu vencedor — foram concluídas em apenas dois dias.

O conclave ocorre ao longo de quantas rodadas de votação forem necessárias até que um candidato obtenha uma maioria de dois terços, o que desencadeia a fumaça branca que anuncia ao mundo que um novo papado começou.

“Claramente, quanto mais votações há, mais difícil a situação se tornou. Mas os sinais indicam que eles querem avançar rapidamente”, disse Giovanni Vian, professor de história do cristianismo na Universidade Ca’ Foscari de Veneza.

Alguns dos 133 cardeais esperados na Capela Sistina na quarta-feira são considerados “papáveis” — possíveis papas — há anos. Outros só ganharão destaque durante as atuais reuniões diárias, conhecidas como congregações gerais, nas quais os cardeais discutem o futuro da Igreja.

Quando Francisco morreu, a maioria dos observadores do Vaticano via o cardeal italiano Pietro Parolin e o prelado filipino Luis Antonio Tagle como os principais favoritos, com uma série de outros possíveis candidatos logo atrás.

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