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Ajuda humanitária

ONU recebe autorização para entrada de 100 caminhões em Gaza

Segundo organização, veículos contêm comida e suprimentos para bebês e crianças

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A Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu ontem autorização de Israel para que cerca de 100 caminhões de ajuda humanitária entrem na Faixa de Gaza, informou um porta-voz do escritório humanitário da ONU.

“Solicitamos e recebemos aprovação para mais caminhões entrarem hoje. (...) São cerca de 100, bem mais do que os autorizados ontem”, disse Jens Laerke, porta-voz do escritório humanitário da ONU, durante coletiva de imprensa em Genebra.

Os caminhões contêm comida e suprimentos para bebês e crianças, segundo Laerke. “Sabemos com certeza que há bebês em necessidade urgente e vital desses suplementos. E, se não os receberem, estarão em perigo de morte”, disse o porta-voz.

O diretor de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, disse à rede britânica BBC que a ajuda humanitária entrando em Gaza é “uma gota em um oceano”. Fletcher afirmou também temer que 14 mil bebês possam morrer nas próximas 48 horas se ajuda humanitária suficiente não chegar a Gaza.

A ONU afirma repetidamente que Gaza, com uma população de cerca de 2,3 milhões de pessoas, precisa de pelo menos 500 caminhões por dia, entre ajuda humanitária e bens comerciais. Ao longo da guerra, caminhões com ajuda têm aguardado semanas e até meses na fronteira para entrar em Gaza.

Segundo Laerke, cinco caminhões de ajuda humanitária cruzaram a fronteira para Gaza na segunda-feira, rompendo um bloqueio israelense de 11 semanas. Israel diz ter liberado a entrada de nove veículos. “O próximo passo é recolhê-los e, em seguida, distribuí-los por meio do sistema já existente —aquele que já se mostrou eficaz”, afirmou Laerke, acrescentando que os caminhões continham alimentos para bebês e produtos nutricionais para crianças.

As taxas de desnutrição em Gaza aumentaram durante o bloqueio israelense e podem crescer exponencialmente se a escassez de alimentos persistir, alertou um responsável de saúde da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), durante a mesma coletiva.

“Tenho dados até o final de abril e eles mostram que a desnutrição está em alta”, disse Akihiro Seita, diretor de Saúde da UNRWA. “E a preocupação é que, se a escassez atual de alimentos continuar, o aumento será exponencial, podendo sair do nosso controle.”

A entrada de ajuda humanitária ocorre em meio à ofensiva terrestre israelense e ataques aéreos diários no território palestino. Os bombardeios israelenses mataram ao menos 60 palestinos ontem, segundo o Ministério da Saúde palestino controlado pelo grupo terrorista Hamas. Os líderes da França, Canadá e Reino Unido pediram a Israel o fim de suas “ações escandalosas” na Faixa de Gaza e prometeram responder com “medidas concretas” caso a ofensiva militar não seja interrompida.

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