Departamento de Eficiência
Elon Musk deixa cargo no governo Trump após 128 dias
Bilionário postou ontem (29) mensagem em sua rede social em tom de despedida


O bilionário Elon Musk, presidente executivo da Tesla, está deixando o governo Trump após liderar uma tumultuada campanha de eficiência, durante a qual derrubou várias agências federais, mas acabou não conseguindo realizar as economias geracionais que buscava.
Musk cumpriu 128 dos 130 dias máximos que são permitidos no posto de funcionário especial do governo. Após a notícia de sua saída ser vinculada pela imprensa americana, postou uma mensagem em sua rede social X em tom de despedida.
“À medida que meu período como funcionário especial do governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao presidente Trump pela oportunidade”.
Ele já vinha se afastando da Casa Branca desde o fim de abril. Após um começo intenso e de muita proximidade com o presidente dos EUA, a relação de Musk com o governo começou a azedar com o anúncio do tarifaço.
Também pesou para Musk o fato de os lucros da Tesla estarem despencando. Em abril, ele prometeu a investidores que diminuiria seu trabalho no governo e dedicaria mais tempo à empresa. Após a declarações, os preços das ações da companhia subiram.
O nome de Musk para comandar o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), foi confirmado por Trump no dia 12 de novembro, poucos dias após a confirmação de sua vitória nas eleições presidenciais americanas.
O departamento, voltado para o corte de gastos da máquina pública, foi uma das promessas de campanha do republicano. E o bilionário, maior apoiador e doador de Trump durante a corrida eleitoral, sempre foi o indicado para estar à frente dele.
O trabalho de Musk junto ao governo já começou com polêmica. Durante um discurso no evento da posse do presidente, ele subiu ao palco para comemorar e fez um gesto com as mãos em direção ao público que foi interpretado por muitos como uma saudação nazista.
Após a vitória de Trump, o bilionário disse que a conquista era apenas o começo de suas ambições políticas. No entanto, após anunciar que estava dedicando menos tempo ao trabalho na Casa Branca, ele teria admitido estar frustrado com os resultados que obteve e, em fórum econômico recente, contou que vai cortar gastos com doações políticas.
“Não fomos tão eficazes quanto eu gostaria”, teria dito no dia 30 de abril.