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Oriente Médio

Trump pede ‘rendição incondicional’ do Irã e diz que ‘paciência está se esgotando’

Presidente americano afirma saber onde está escondido o líder supremo do país: “É alvo fácil”

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Em meio ao conflito, Forças Armadas dos EUA deslocaram porta-aviões e caças para Oriente Médio
Em meio ao conflito, Forças Armadas dos EUA deslocaram porta-aviões e caças para Oriente Médio | Foto: Divulgação

O presidente americano, Donald Trump, exigiu ontem (17) a “rendição incondicional” do Irã e usou a palavra “nós” ao se referir aos esforços de guerra de Israel, em uma sugestão de que os EUA podem aderir ao conflito contra a nação persa.

Com a perspectiva de entrada americana na ofensiva, o Irã começou a preparar mísseis e outros equipamentos militares para atacar bases dos EUA no Oriente Médio, começando pelo Iraque, disseram ao New York Times funcionários americanos que revisaram relatórios de inteligência. Os EUA têm 40 mil soldados posicionados na região.

As declarações de Trump foram feitas enquanto as Forças Armadas dos Estados Unidos enviaram à Europa quase 40 aeronaves de abastecimento que podem ser usadas para auxiliar caças protegendo bases americanas ou para estender o alcance de bombardeiros envolvidos em qualquer eventual ataque a instalações nucleares do Irã, de acordo com o New York Times. Já segundo a Reuters, os EUA também enviaram caças F-16, F-22 e F-35, que podem ser usados para abater drones e mísseis, que estão sendo amplamente utilizados no conflito desde a última sexta-feira.

Em postagem em sua rede social, a Truth Social, Trump escreveu que “sabemos exatamente onde” o aiatolá Ali Khamenei “está se escondendo”, acrescentando: “Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos nos livrar dele (matar!), ao menos por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, afirmou, referindo-se à possibilidade de o Irã atacar alvos dos EUA na região. Elogiando a superioridade aérea de Israel, que sugeriu ter como base tecnologia americana, ele escreveu: “Agora temos controle total e completo dos céus sobre o Irã”, associando-se ao esforço bélico de Israel.

Mais cedo, Trump disse que buscava algo “melhor que um cessar-fogo” entre Israel e Irã — “um fim real, e não um cessar-fogo”. Falando com repórteres no Air Force One, Trump, que partiu na segunda-feira (16), um dia mais cedo, da cúpula do G7 em Alberta, no Canadá, disse querer que a República Islâmica desistisse de lutar e abandonasse qualquer esforço para desenvolver armas atômicas. “Não estou muito a fim de negociar”, disse.

Trump encorajou seu enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o vice-presidente JD Vance, a se encontrarem com os iranianos, segundo uma autoridade americana. Porém, se esse esforço diplomático fracassar, o presidente poderá decidir entrar no conflito. Se o fizer, os Estados Unidos participarão diretamente de um novo conflito no Oriente Médio, o que o republicano prometeu, em duas campanhas eleitorais, evitar.

Desde sexta-feira (13), Israel lançou ataques contra algumas delas, mas precisa da ajuda dos EUA para atacar a instalação nuclear de Fordow, construída profundamente no subterrâneo de uma montanha. Israel não tem nem a bomba fura-bunker Massive Ordnance Penetrator, que pesa 13.660 kg, nem aeronaves suficientemente grandes para transportá-la. O ex-ministro da Defesa israelense Yoav Gallant disse à CNN que “o trabalho tem que ser feito por Israel, pelos Estados Unidos”. Para Gallant, Trump tem “a opção de mudar o Oriente Médio e influenciar o mundo”.

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