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Palestina

Benjamin Netanyahu confirma plano para ocupar toda a Faixa de Gaza

Primeiro-ministro ressaltou que não tem intenção de tornar o território parte de Israel

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Primeiro-ministro ressaltou que não tem intenção de tornar o território parte de Israel
Primeiro-ministro ressaltou que não tem intenção de tornar o território parte de Israel | Foto: Albu Alka / Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou ontem os planos de ocupar a totalidade da Faixa de Gaza ao final da guerra. Ele disse, no entanto, não ter a intenção de anexar o território.

O premiê afirmou que pretende criar um órgão para governar o território de forma temporária após o fim da guerra, além de um “perímetro de segurança” ao redor de Gaza.

“Nós não queremos ficar com Gaza, queremos um perímetro de segurança”, disse o premiê a repórteres em Tel Aviv nesta quinta.

Ele declarou ainda que pretende entregar o governo da região às Forças Armadas israelenses, até que as condições para a formação de um governo local sejam criadas.

Antes, em entrevista à rede norte-americana “Fox News”, Netanyahu afirmou que pretende tomar o controle de toda a Faixa de Gaza, mas não anexar o território.

“Pretendemos (tomar o controle), mas não ficar com o território. Queremos criar um perímetro de segurança, mas não queremos governá-la”.

O grupo terrorista palestino Hamas afirmou que a fala de Netanyahu representa “um golpe” às tratativas de cessar-fogo na guerra, iniciada após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 em Israel. O grupo disse ainda que com a fala o premiê israelense “sacrificaria” os reféns para ganhos pessoais.

No início da semana, a rede de TV israelense i12 afirmou que o premiê havia decidido tomar o controle total da Faixa de Gaza. Segundo a reportagem, Netanyahu pretende expandir a ofensiva que Israel trava atualmente em Gaza até se apossar da totalidade do território palestino.

O premiê se reunirá ainda nesta quinta com todo o seu gabinete, um encontro no qual, segundo a TV israelense, ele comunicará a decisão aos membros do governo.

O Executivo israelense deverá ainda entrar em uma queda de braço com o Exército do país para colocar o plano em prática. Isso porque o chefe de gabinete das Forças Armadas já afirmou que não concorda com o plano do premiê e que não pretende levá-lo adiante.

O plano envolve ainda a entrada das Forças Armadas israelenses em áreas onde o serviço de inteligência do país identificou que estão os cativeiros dos reféns, dentro da Faixa de Gaza.

A ideia de tomada do controle de Gaza — um território palestino estabelecido no mapa traçado pela ONU na criação do Estado de Israel, em 1948 — não é nova. Em maio, ao autorizar a retomada da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, Netanyahu chegou a revelar que controlar o território fazia parte de um “plano de vitória” da guerra.

Antes, durante uma visita do premiê israelense à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos de que os EUA controlem Gaza, remanejem os moradores do território para países vizinhos e criem resorts de luxo no local.

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