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Territórios ocuptados

‘Nunca haverá um Estado palestino’, afirma Netanyahu

Líder israelense assina acordo para expansão de assentamentos na Cisjordânia

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Netanyahu afirmou que vai proteger a herança, a terra e a segurança dos israelenses
Netanyahu afirmou que vai proteger a herança, a terra e a segurança dos israelenses | Foto: Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem que não aceitará a ideia de um Estado palestino. Ele deu a declaração ao assinar um acordo que permite a expansão significativa de assentamentos israelenses na Cisjordânia, perto de Jerusalém.

“Cumpriremos a nossa promessa: nunca haverá um Estado palestino; este lugar nos pertence. Nós protegeremos nossa herança, nossa terra e nossa segurança”, declarou Netanyahu durante o evento em Maale Adumim, um assentamento israelense a leste de Jerusalém.

O premiê israelense estava acompanhado por membros nacionalistas de sua coalizão, incluindo o ministro das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich, que, em agosto, disse que um Estado palestino “está sendo apagado da mesa, não com slogans, mas com ações”.

Em maio, o governo de Israel já havia anunciado a criação de 22 novas colônias no território. Na época, a decisão foi alvo de críticas por ser a maior expansão de assentamentos de colonos judeus dentro da Cisjordânia desde os Acordos de Oslo, quando Israel se comprometeu a não tomar essa medida.

No mês passado, o projeto E1, que planeja dividir a Cisjordânia ocupada e a isolar de Jerusalém Oriental, recebeu aprovação final de uma comissão de planejamento do Ministério da Defesa. O investimento total, que incluirá a construção de estradas e a modernização da infraestrutura principal, é estimado em quase US$ 1 bilhão.

Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais sob a lei internacional. Mesmo assim, cerca de meio milhão de judeus vivem na região, em mais de 130 colônias.

A ONU denuncia com frequência a colonização israelense como um dos principais obstáculos para uma paz duradoura entre israelenses e palestinos, já que impede a criação de um Estado palestino viável.

No final de julho, a declaração final da Conferência Internacional das Nações Unidas afirmou que a solução de dois Estados é “único caminho” para paz entre Israel e Palestina. Os países participantes que assinaram o documento defenderam que Gaza e Cisjordânia devem ser unificadas e, junto com Jerusalém Oriental, compor uma Palestina soberana e governada pela Autoridade Palestina, assim como delineado em resolução da ONU de 1947.

Na terça-feira (9), Israel ordenou a evacuação em massa da maior cidade da Faixa de Gaza, o que causou pânico e revolta entre os moradores

O Exército israelense anunciou que atuará com “grande força” e “maior contundência” na Cidade de Gaza, que pretende tomar em sua totalidade como parte da guerra contra o grupo terrorista Hamas.

“A todos os habitantes da Cidade de Gaza (...) as forças de defesa estão determinadas a derrotar o Hamas e atuarão na área da Cidade de Gaza com maior contundência”, disse em comunicado o porta-voz do Exército israelense em língua árabe, Avichay Adraee.

Um dia antes, Netanyahu afirmou que os moradores do maior centro urbano da Faixa de Gaza devem deixar a Cidade de Gaza “agora”.

Já o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que Gaza “será arrasada” e que “uma tempestade de furacão” atingirá os céus da cidade, em referência à derrubada de diversos arranha-céus e prédios de vários andares, que Israel afirma serem utilizados pelo Hamas.

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