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Trump anuncia mais um ataque a barco com ‘narcotraficantes’

Essa é a segunda ação da Marinha americana contra embarcações venezuelanas

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Segundo Trump, barco destruído transportava narcóticos ilegais com destino aos Estados Unidos
Segundo Trump, barco destruído transportava narcóticos ilegais com destino aos Estados Unidos | Foto: MANDEL NGAN / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ontem, que a Marinha americana realizou um novo ataque contra uma embarcação no Caribe que provocou a morte de três pessoas, classificadas por ele como “narcoterroristas venezuelanos”.

A confirmação de ataque aconteceu logo após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmar que seu país se defenderá contra o que chamou de “agressão” dos Estados Unidos.

“Esta manhã, sob minhas ordens, as Forças Militares dos Estados Unidos realizaram um segundo ataque (...) contra cartéis de narcotráfico e narcoterroristas extraordinariamente violentos”, publicou Trump em sua rede social Truth Social.

“O ataque ocorreu enquanto esses narcoterroristas confirmados da Venezuela estavam em águas internacionais transportando narcóticos ilegais (uma arma mortal que envenena os americanos!) com destino aos EUA”, completou.

Trump foi questionado se planeja fornecer provas de que as pessoas mortas pelos EUA no ataque eram traficantes de drogas a caminho dos Estados Unidos.

“Basta olhar para a carga que ficou espalhada por todo o oceano”, respondeu o presidente a repórteres durante declarações no Salão Oval.

Esse é o segundo ataque dos Estados Unidos contra uma embarcação no Caribe em menos de duas semanas. Na primeira ação, executada no dia 2 de setembro, o presidente americano afirmou que 11 pessoas foram mortas em um barco supostamente usado por traficantes de drogas, o que gerou preocupações sobre uma possível violação do direito internacional por Washington.

Três dias depois, em 5 de setembro, Washington ordenou o envio de dez caças F-35 para um campo de aviação em Porto Rico. A revelação sobre os F-35 surgiu poucas horas depois de o Departamento de Defesa dos EUA afirmar que dois aviões militares venezuelanos voaram perto de um navio da Marinha americana em águas internacionais no dia 4 de setembro.

“AGRESSÃO”

Mais cedo, em referência ao aumento da presença militar dos EUA no Caribe e ao primeiro ataque americano — que classificou como “crime hediondo” —, Maduro declarou que Caracas exercerá seu “direito legítimo de se defender”.

“Há uma agressão em andamento, de caráter militar, e a Venezuela está autorizada pelas leis internacionais a enfrentá-la”, disse o líder venezuelano.

Durante uma entrevista coletiva à imprensa internacional, o presidente venezuelano anunciou ainda que “as comunicações com o governo dos Estados Unidos estão desfeitas” e apontou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, como o “senhor da morte e da guerra”.

Em declarações aos repórteres em Caracas, Maduro afirmou que o ataque de 2 de setembro, que matou 11 pessoas, violou as leis dos Estados Unidos e internacionais. Ele destacou que, se os Estados Unidos acreditavam que os passageiros do barco eram traficantes de drogas — como afirmaram as autoridades americanas —, “eles deveriam ter sido capturados”.

O líder venezuelano classificou a ação americana como “ataque militar a civis que não estavam em guerra e não representavam ameaça militar a nenhum país” e declarou que os Estados Unidos estão tentando levar a Venezuela a uma “grande guerra”. O objetivo americano, segundo Maduro, é a “mudança de regime em troca de petróleo”.

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