Palestinos convocam “dia de c�lera” ap�s ataque a�reo

Treze organizações representantes do conjunto dos movimentos nacionalistas islâmicos palestinos decretaram, ontem, “dia de cólera”, depois que 15 pessoas morreram em um bombardeio israelense na noite de segunda-feira, em Gaza. O Alto Comitê das Forças Nacionais e Islâmicas, que reúne esses movimentos, convocou a população para comparecer aos funerais das vítimas, em Gaza, e para se manifestar em massa contra a ocupação israelense. Segunda-feira à noite, um caça F-16 israelense atacou a cidade de Gaza, deixando pelo menos 15 palestinos mortos, incluindo nove crianças, e 140 feridos. Entre os mortos está Salah Shehada, 50, chefe das Brigadas Ezzedine al Qassam, o braço armado da organização extremista islâmica Hamas, afirmou Ismail Haniyé, dirigente político do Hamas. Shehada estava há dois anos no topo da lista dos terroristas mais procurados pelo Exército israelense e era tido como possível sucessor do xeque Ahmed Yassin como líder espiritual do Hamas. As Brigadas Ezzedine al Qassam, responsáveis pela maioria dos ataques suicidas em Israel desde 1994, prometeram vingança. “Este massacre não ficará impune. Vamos deixar em pedaços os corpos de sionistas em cada restaurante, em cada ponto de ônibus, em cada ônibus”, afirmou o grupo, que prometeu vingar, também, a mulher e a filha de Shehada, mortas no bombardeio. Em Ramallah, na Cisjordânia, cidade que está sob ocupação israelense, 500 pessoas protestaram contra o ataque aéreo. Segundo a rádio militar, o Exército israelense aumentou seu nível de alerta em torno de Gaza e Cisjordânia por medo de represálias, que já foram anunciadas por grupos armados palestinos.