SETORES PRODUTIVOS FOGEM DO VOTO COMO DIABO DA CRUZ

Os valores da área empresarial sumiram ou a crise financeira intimidou os que gostavam de política? Nunca mais se ouviu falar em nomes expressivos, oriundos dos setores produtivos, com vontade de ingressar na luta. A maré secou, mudança de clima desorientou e, na dúvida, aqueles que tinham condições de disputar mandato recolheram o carro a garagem. As maiores lideranças do Estado, num passado recente, surgiram de outros segmentos, a exemplo de Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira. O empresário João Lyra, uma das grandes fortunas de Alagoas, chegou a ser deputado federal, mas bateu na trave na tentativa de ser governador. Fora de forma na cena do voto, eles preferiam tentar salvar o patrimônio. Quando alguém tenta insinuar candidatura de um empresário da jovem guarda, ele se ajoelha e pede pelo Amor de Deus. “Deixe-me em paz!” - procura se livrar do abacaxi, que representaria o começo de uma jornada no escuro. Se fora do tiroteio e das ruas o esforço é grande para sobreviver, imagine caminhando por uma estrada onde não existem amigos.

QUINTELLA COM CHEIRO DE VOTO CHEGA ONDE QUISER

Sabido na busca do voto, seguindo os passos do avô Jorge Quintella, Maurício Quintella abre sinal para 2022. Percorreu a estrada natural da política, começando como vereador de Maceió, com atuação destacada na Câmara. Daí em diante, ligou o motor do carro, acelerou e partiu para novas emoções em nível nacional, galgando cargos que honraram Alagoas. Onde chega, faz amizade e assim, em Brasília, como deputado federal, em pouco tempo, era mais conhecido do que velhos parlamentares. Ministro dos Transportes do presidente Temer, construiu obras que o imortalizaram na galeria dos bem feitores do país. Empolgado, lançou o nome ao Senado e, abertas as urnas, ficou fora das duas vagas disputadas. Secretário estadual de Infraestrutura, asfalta novamente o caminho de barro para realizar outra viagem. Com crédito no mercado político, joga em qualquer posição no campo que ainda está sendo preparado para a partida. Pra onde for – deputado estadual ou federal - quem entende do riscado garante que ele possui uma cadeira reservada ano que vem.

FIEL AS RAÍZES, ADA MELLO NÃO MUDA ESTILO DO VOTO

Sem sair do lugar, Ada Mello não se afasta um centímetro do tumultuado contexto político de Alagoas. Distante da polarização, dedica sua vida a servir, fazer o bem, ajudar a quem precisa e pede socorro. Simples, modesta, sempre à disposição dos amigos, senadora trabalha em silêncio, linha de frente das causas que atingem segmentos religiosos e de caridade. Fidelidade até onde a lei faculta, segue o lema segundo o qual não há inimigos para quem não tem maldade. Aos que não honram palavra e esquece compromisso, ela diz que o remédio é o esquecimento. Presença marcante em todas eleições, desde os tempos do deputado Cleto Marques Luz, fica do lado de quem acredita e aposta no resultado das urnas. É filiada a um partido que garante não ter argumento para se desligar por ser o projeto pessoal de sua vida. Cita o senador Fernando Collor como seu guru, primo e ídolo, a quem acompanha fielmente os passos. “Não por ser meu parente, mas o presidente é um homem de bem, trabalhador, sempre ao lado do povo, tremulando a bandeira do Estado!”.