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Nº 5759
José Elias

Confira os destaques da política alagoana #JE20052021

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Por JOSÉ ELIAS | Edição do dia 20/05/2021 - Matéria atualizada em 20/05/2021 às 04h00

SUCESSÃO EMBOLADA, CADA UM TEM PALPITE DIFERENTE

O mercado político está lotado de engenheiros do voto, lápis e papel à mesa, fazendo contas sobre futurologia. Lá dentro, nos escritórios, saem sugestões de todas as tribos, muitas tendenciosas, puxando para o lado dos autores. Longe do consenso, aparecem candidaturas que passam bem distantes do Palácio, algumas apontando a arma para outro alvo. Muitos querem entrar no salão para dançar, mas não acompanham o ritmo da música, pisando no pé da companheira. Outros, com chance, escutam o som e, usando a velha estratégia, preferem aguardar um tom diferente. Pique final, fim do ano, as arrumações ganham velocidade e os pretendentes correm à procura de apoio, com promessas impossíveis. Sem Arthur Lira na disputa ao governo, o campo está aberto para composições de todos os tipos. No papel, JHC, David Davino e Marcelo Victor vão ficar juntos, no mesmo palanque. Saindo da teoria, na prática é completamente diferente da projeção da torcida. De que banda vão pender Rodrigo Cunha, Ronaldo Lessa, Jó Pereira e Renato Filho?


ALDO CRESCEU DEPOIS DE SER REPÓRTER EM ALAGOAS

Sucesso do jornalismo aqui, Aldo Rebelo virou estrela na política de São Paulo, levado pelo velho senador Teotonio Vilela. Bom entrevistador, assinou matérias de repercussão no saudoso Jornal de Alagoas, onde dividia espaço com Alberto Jambo, experiente na profissão. Era repórter escalado na cobertura da Assembleia Legislativa, prancheta nos braços. Já no ofício, também muito moço, a bancada de imprensa nos ensinou o caminho da informação sadia. Um time respeitado pelos deputados, que abria a formação com Batista Pinheiro, Tobias Granja, Alves Damasceno e Genésio Carvalho. A notícia ganhava importância dela assinatura de seus autores, nomes já consagrados pela história no Estado. De repente, Aldo Rebelo apareceu na cena do voto, como estrela do PCdoB, partido bem situado no retrato nacional. Vereador, deputado federal, chegou à presidência da Câmara em Brasília, onde se aliou ao PT. Lula eleito, ocupou um ministério no seu governo e, no poder, nunca esqueceu os amigos, como Eduardo Bomfim, primeiro ídolo e companheiro.


ACOSTUMADO A FAZER GOL, TEMÓTEO NÃO QUER LEVAR

Toda vez que Júnior Leão e Elionaldo Magalhães acenam para sua volta, Timóteo Correia tem a resposta na ponta da linha. “No futebol, sou acostumado a fazer gol!” - responde, condenando placar adverso. Os amigos, como Marcos Ferreira e Marcelino Alexandre cansaram de sugerir sua candidatura a deputado federal, mandato que possui a cara dele. Professor de cursos preparatórios ao vestibular, ao lado de Pedro Vieira e Paulo Bandeira ,apareceu na cena do voto. Juntou o útil ao agradável ao casar com Rita Correia, filha do deputado Tarcísio de Jesus. Desinibido, bem no relacionamento, aproveitou o embalo, vindo de Maribondo, vestiu roupa de político e, na Assembleia Legislativa, repetiu mandatos. Metido a jogador de futebol, com dribles safados, como classificava Gervásio Raimundo, escreveu uma história. Com a experiência que acumulou, fez alguns livros e se tornou imortal da Academia Alagoana de Letras. Além de cuidar da sua nova paixão literária, tremula a bandeira dos amigos na campanha e jura que, enquanto vivo estiver, nunca mais vai às urnas.

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