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Nº 5759
José Elias

Confira os destaques da política alagoana #JE26052021

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Por JOSÉ ELIAS | Edição do dia 26/05/2021 - Matéria atualizada em 26/05/2021 às 04h00

NA SUCESSÃO ESTADUAL, TODOS RECLAMAM E NINGUÉM TEM RAZÃO

A sucessão estadual deu um toco no mocotó dos envolvidos na escolha do nome que presidirá as eleições de 2022. É como a falta de comida na casa dos famintos – todos reclamam, mas ninguém tem razão, porque só moram lá preguiçosos. Um monte de interesseiros, reunidos numa sala fechada, que só defendem interesses individuais, de olho no futuro. O carro estacionado, sem trava de mão, coloca em risco uma sociedade órfã de representantes verdadeiros. Enquanto poucos insistem na defesa dos miseráveis, outros só enxergam um campo, passando por cima da massa de manobra. Embaixo, poeira se espalha em todos os sentidos, jogando lama podre na cara dos que votam nos seus mandatos.

E quem será o governador tampão, que em janeiro se transformará no político mais importante de Alagoas? Pelo menos até agora não se sente nem o cheiro de um candidato ideal para substituir Renan Filho. Placar se mantém em zero a zero, torcida não sabe como se comportar, enquanto na outra ponta JHC, Rodrigo Cunha e Davino esfregam as mãos.


CARRO DE PEDRO VILELA DESCE A LADEIRA SEM FREIO

Talentoso na agenda política, bem articulado em Brasília, Pedro Vilela não pode perder o controle do carro. Descendo a ladeira, sem freio, menos de um ano das eleições, deve controlar o volante e ser mais hábil ao se aproximar do perigo. Como referência, o tio Teotônio Vilela e o avô Flaubert Torres, tem que evitar o desastre para renovar o mandato. Não renovou o mandato de deputado federal e, na última eleição, teve a sorte de JHC ganhar a disputa de prefeito de Maceió. Primeiro suplente, ocupará por dois anos a cadeira na Câmara, já experiente na defesa de Alagoas. Mas, em primeiro lugar, vai colocar em jogo a sabedoria que, apesar de muito novo, aprendeu na relação com as raposas do voto. Falhar o segundo tiro será fatal para o seu promissor futuro, no projeto desenhado pelo empresário Elias Vilela, seu pai. Pedro Vilela que, pelos nomes citados no mercado, vai se apresentar num jogo duro, com placar imprevisível. Ele terá que medir forças com figuras experimentadas e testadas nas ruas, como Renato Filho, Gilvan Barros e Davi Davino.


PODER LEVANTA, SOBE ESCADA E, DEPOIS, COLOCA NA PLANÍCIE

Os tolos se empolgam com as mordomias do poder, mudam de comportamento e se julgam superiores a todos. Carro oficial na porta, motorista à disposição o dia inteiro e, no gabinete, secretárias uma melhor do que a outra. Tudo ilusão que dá a muitos o sentido contrário de vida onde, por exemplo, o cara é a grande atração da festa e se acorda lama. O jornalismo facilita examinar mudança de postura de atores antes e depois da fama, passageira como as nuvens do céu. Eles chagam com humildade, simples na conversa e, em seguida, investidos do cargo, tratamento se modifica. Alguns parecem não pisar no chão, botam óculos escuros e, no cumprimento, desconhecem aqueles que o ajudaram no começo. Filho do governador Zé Tavares, Raimundo Tavares não modificou seu jeito de ser, apesar de ser muito assediado. Um dos conselheiros do governador Divaldo Suruagy, seu primo Roberto Suruagy – Suruca - recebia os grandes e os pequenos. Estrela nacional, atração do Palácio do Planalto na gestão do presidente Fernando Collor, Cleto Falcão morreu pobre.

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