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José Elias

Confira os destaques da política alagoana #JE28052021

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MUITA GENTE GRANDE PENSA SER AUTORIDADE, MAS ERRA O TIRO

Autoridade é aquela que não tem maldade no coração, não faz inimigos por votos nem trata povo como mercadoria. Fala a verdade, aperta mãos com firmeza, seja quem for que se aproxime para cumprimentar. Não inventa sensibilidade, arrepiando os cabelos do braço nem derramando lágrimas falsas só para mostrar que está comovido com a situação. Coisa rara na política, os verdadeiros se contam nos dedos, não cabem dentro do sapato de uma criança. Mas existem os que entram pela porta traseira do carro, aberta pelo motorista uniformizado, gravata borboleta e unhas pintadas. Pensam ser diferenciados, enxergam o cargo como uma função vitalícia, óculos escuros e se acham estrelas do cinema mudo. Convivência com autênticos e “paraguaios!”, desde século passado, cientsta Joinha conhece qualidades de cada um. Quando citaram o nome de Divaldo Suruagy, disse tratar-se de um homem de bem, apesar de pertencer a ideologia diferente. Apontou Eduardo Bomfim, Zé Wanderley Neto, Fábio Farias e outros personagens que cresceram sem sair do lugar.

MAIOR CLÁSSICO EM RIO LARGO: TONHÃO X WALTER FIGUEIREDO

Fosse vivo, Antônio Lins, maior prefeito de Rio Largo, tomaria um gole de aguardente com o cientista Joinha. Sempre com a mão direita amaciando o peito, estaria orgulhoso, ao lado de Dione Moura, sua esposa, pelo sucesso do filho. Toninho Lins, depois da turbulência, virou referência na sociedade, onde o pai ainda é ídolo e liderou politicamente por décadas. Encrenqueiro de nascimento, coração doente, mas grande, conquistava rápido a simpatia de todos. Amigo do velho senador Teotonio Vilela, era correligionário de Renan Calheiros, com quem se unia e, depois, se separava. Querido na terra natal, travou com Walter Figueiro, seu criador, memoráveis duelos, com a malandragem do voto de antigamente. Bom de bola, Toninho tinha na arquibancada seu maior fã, Tonhão, no campo de Temoteo Correia, no Jardim Petrópolis. No gramado, João Beltrão, Rogério Teófilo, Celso Luiz, Arthur Lira, Luciano Barbosa e Marcelino Alexandre. “Todos pernas de pau!” - criticava, com um churrasquinho no dente e um copo de cerveja na mão, o deputado Gervásio Raimundo.

BUSCA DO VOTO PRODUZ EMISSÁRI0S POLIVALENTES

De fora, sem conhecer o terreno, aparece na foto o que não existe na prática na busca do voto. Pelo assédio, a massa de manobra acha que votação conquistada por alguns candidatos procede do trabalho individual de cada um. Toda a fama nas ruas vem de um trabalho extracampo, ou seja, como se fala no futebol, perde no gramado e ganha no tapetão. Propaganda falsa que chega às urnas, mas não corresponde à verdade no sentimento popular. Candidatos de ocasião, armam tocaias para trazer para seu lado inocentes, barriga vazia, vencida pela fome. Depois de uma conversa de derrubar avião e um papo no pé da parede, ainda ganham voto, abraços, elogios e uma cerveja comprada fiado no bar da esquina. Há os que chegam lá pela moralidade, sem mentiras, serviços prestados à comunidade com amor e respeito. Francisco Sales, vereador e secretário de JHC, venceu pulando obstáculos, reconhecimento de seu trabalho. Vice de Rui, Marcelo Palmeira usou sua capacidade administrativa aliada ao prestígio junto ao povo para desembarcar na Câmara.

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