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Nº 2
José Elias

Confira os destaques da política alagoana #JE09062021

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Por JOSÉ ELIAS | Edição do dia 09/06/2021 - Matéria atualizada em 09/06/2021 às 04h00

QUEM SERIA GOVERNADOR NO FECHAMENTO DO CONSENSO?

Como nada é impossível na política, matemáticos das contas do voto tentam fechar números para 2022. Havendo consenso, jogam na máquina de calcular nomes que representam grupos interessados na disputa. No acordo, os interesses não garantem clima de paz porque, à mesa, todos vão querer ser os padrinhos do sorteado no palanque do ringue. Nesse caso, quem não deseja ser nomeado governador, emprestando o nome, vitorioso por antecedência? É a mesma coisa do pobre casando com mulher rica – leva só pra casa nova a roupa da festa, presenteada pelos amigos. A distribuição de cargos, depois da posse, não teria critério de independência, na feira que seria instalada na indicação das bandeiras. Como até agora Arthur Lira não manifestou desejo, há nomes esperando sinal abrir pra acelerar o motor. Apesar da troca de desaforos, registrada nos meios de comunicação, JHC seria o mais cotado dentro da atual realidade. Na lista aberta, aguardando novas inscrições, Davi Davino, Rafael Brito, Alexandre Ayres, Luciano Barbosa, Jó Pereira e Marcelo Victor.


CARGOS FUTUROS ENTRAM NO PACOTE DA ELEIÇÃO SEGUINTE

Faz parte dos acordos celebrados na política o encaixe de compromissos fechados para eleição seguinte. Para os candidatos, é o momento mais importante das conversas que giram em torno do palanque em fase de montagem. Quem será a autoridade que vai indicar o secretário da pasta tal? - perguntam, na tensa reunião que marcará futuro de cada um. Triste mesmo é quando chega a hora de sair o vice, isca colocada no jogo com a missão de brigar com o governador, por exemplo. A rede de pesca chega às mãos dos que recebem a missão de representar grupos ou partidos. Os peixes ficam do lado fora, esperando, com ansiedade, o resultado dos conflitos internos para saber o escalado para luta silenciosa. Algumas parcerias deram certo, como Ronaldo Lessa e Kátia Born, Guilherme Palmeira e Theobaldo Barbosa. Quando suplente fica fazendo figa, torcendo para titular morrer, centros de macumba pagam o pato - perdem o sossego. Vão lá todos os dias, batendo cabeça, pessoalmente ou representados por “amigos”, que também querem usufruir do poder.


CANDIDATOS TÊM QUE SABER A HORA DE INGRESSAR NA POLÍTICA

Muitos empolgam de primeira, outros entram atravessados e ha aqueles insistentes, que vencem pelo cansaço. Às vezes, cara apresenta visual que não combina com seu jeito, quer falar diferente no seu linguajar ou bota o carro na frente dos bois. A autenticidade é difícil, caminha longe da realidade atual e corre apressada, passando do ponto calculado. Campanha eleitoral mostra a vida como ela é, lotada de dificuldades e promessas que nem o vento acredita. Pior é que, ganhando a primeira, o candidato se acostuma, não enxerga os compromissos assumidos e perde a vergonha. Passa para uma fase que, dependendo do retorno, tanto faz ser recebido por aplausos ou ser atacado por pedras. A modernidade parece que produziu um retrocesso, deixando roda gigante da política parada no meio do caminho. Não se faz mais líderes da envergadura de Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira, que cumpriam a palavra empenhada em meio aos facadistas. Davam balão naqueles que chegavam ao Palácio pra abusar do poder, pedindo coisas impossíveis.

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