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José Elias

Confira os destaques da política alagoana #JE10062021

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Por JOSE ELIAS | Edição do dia 10/06/2021 - Matéria atualizada em 10/06/2021 às 04h00

SUCESSÃO ESTADUAL PASSA PELO CAMPO DAS TENDÊNCIAS

As tendências em política indicam possibilidades de fechamento de compromissos quando chegar a hora certa. Todo ano que antecede a eleição é assim, versões surgem em toda esquina com nomes que entram no debate dos fuxiqueiros. Cada um tem interesse em jogar a mesa aquele que, tendo a sorte de emplacar, irá atender os seus interesses pessoais. Veja bem: agora mesmo pesquisas rondam às ruas, procurando saber quais os mais citados. Os resultados apontam para lados diferentes, registrando a preferência de diversos segmentos sociais. Ninguém dispara, os números revelam que o quadro ainda não esta desenhado e o povo não se fixou no voto, por está, em primeiro lugar, enfadado das promessas. No campo das especulações preliminares só existe uma verdade, que caminha nas conversas entreouvidos. A vontade do prefeito JHC em apoiar o senador Rodrigo Cunha e a disposição do deputado Arthur Lira em ficar com o estadual Davi Davino. Já no Palácio, circulam os nomes de Rafael Brito, Isnaldo Bulhões e Alexandre Ayres, na lista dos favoritos.


ÁGUA SÓ CORRE PARA PÉS DE QUEM CHEGA NO PODER

Desgastado, enrolado até o pescoço, Luciano Barbosa soube reverter o quadro e saiu por cima. Do MDB, depois de passar pelo PCdoB, criou asa própria ao botar a faixa de vice-governador no peito, que encheu os pulmões de ar. Abriu dissidência, rompeu com o Palácio e saiu atirando nos tradicionais aliados, como se estivesse sofrido golpe de traição, ao vivo. Arrumou as malas, embarcou para Arapiraca e, com raiva, recuperou o tempo perdido e o mandato de prefeito. Agora sendo paparicado, reina numa cidade por onde já passaram nomes expressivos, como Rogério Teófilo. Para 2022, pelo menos até agora, só o deputado Severino Pessoa está contra a sua gestão, que ganhou o apoio dos cacifes de Alagoas. A vida pública é isso aí, retrato das ingratidões, que só recebe quem está de cima, nos braços da galera. De baixo, come o pão que o diabo amassou, mergulha no anonimato, mesmo já tendo projeção nas grandes decisões. Conselho do deputado Jota Duarte para outro novato: “Faça tudo, menos perder eleição, mesma coisa de ser condenado à morte!”.


POSSIBILIDADE DE CADA UM NA CENA DO VOTO EM ALAGOAS

Todos têm chances, desde que não seja fechado um grande acordo em Alagoas para concretizar a união das forças políticas. Até lá, as conversas vão sendo adiadas, os personagens se trancam nos gabinetes e povo fica brechando. Eles ensaiam um jogo, marcam dia e local e, na data acertada, ninguém aparece, deixando a torcida gritando sem resposta. As projeções apontam para entendimentos que não cabem dentro do quadro que está sendo traçado. Chapas fracas, nomes inexpressivos, alianças que já nascem mortas, tentam emplacar a receita. Aparecem nas entrelinhas interesses escusos, individuais e jogo de carta marcada de lideranças que chutam para marcar em uma trave, mas faz gol contra. O carro está parado no aeroporto, motorista na lanchonete enchendo a barriga e, por falta de passageiros, coça o bigode. Se a partir de outubro não entrar Renan Filho, JHC, Arthur Lira, Davi Davino, Fernando Collor e Marcelo Victor, chofer perde a viagem. Só um acordo de alto nível pode dar um empurrão para Alagoas sair, em definitivo, da contramão da história.

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