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Nº 5694
José Elias

Confira os destaques da política alagoana #JE23072021

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Por JOSÉ ELIAS | Edição do dia 23/07/2021 - Matéria atualizada em 23/07/2021 às 04h00

OS PRIMEIROS NEM SEMPRE CHEGAM A RETA FINAL DA SUCESSÃO ESTADUAL

Iniciar a corrida na frente não significa dizer que a pista seja curta para os que aparecem como favoritos. A caminhada é longa, exige paciência e humildade e, no final, recomenda simplicidade para quem acha que o céu é o limite. Chegar a um cargo majoritário – governador e senador – coloca em jogo união, renúncia e, nas decisões, comportamento de estadista.

Para isso, não se deve pegar em peso que o corpo não suporte a quantidade nem se vestir de eleito antes da abertura das urnas. Pênalti não pode ser batido na trave ou pra fora, se não frustra a torcida que enaltece as estrelas do momento. Amanhã é outro dia e a história, que não perde um lance, está ai para rasgar ou botar na eternidade a biografia de cada um.

Passando em revista as páginas da sucessão estadual, relendo os capítulos, chega-se à conclusão que a sorte está em primeiro lugar. JHC, que não era nem citado nas esquinas, agora lidera na lista à cadeira de Renan Filho. Rui Palmeira, Marx Beltrão e Rodrigo Cunha sumindo do noticiário político que comanda a bolsa de apostas do clássico do voto.


PDT PARECE TER ADMITIDO ERRO NA SAÍDA DE SANTA RITA

PDT parece ter reconhecido erro e faz de conta que a vida continua, depois de passar a navalha em Ricardinho Santa Rita. Não disse, mas deixou entender que o tiro deflagrado pelas costas era para atingir o cargo dele. Alvejou o coração do então secretário municipal de Turismo e o abandonou falando sozinho, sem palanque, plateia ou discurso na praça. Botou o bloco na rua, desfilou nos meios de comunicação e saiu de cena, esquecendo a arma do crime. Santa Rita fez um comentário sobre o nazismo, pediu perdão e explicou que não teve a intenção de defender o sistema do genocida. Aliás, revelou ser contra o ditador que, na Alemanha, matou inocentes, destruiu cidades e entrou na contramão da história. Expulso do partido presidido por Ronaldo Lessa, aguarda decisão que consumirá seu desligamento. Pelo que está se desenhando, deve ser reintegrado ao quadro de filiados e, sem mágoas, retornar ao seu endereço. Afinal de contas, com pedido de desculpas, ´pela porta da frente e cabeça erguida, reassumindo a condição de candidato a deputado federal.


IDENTIDADE COM AS RUAS SIGNIFICA SUCESSO NA URNA

A urna gosta ou odeia, não tem meio termo e toma posições definitivas com aqueles que a conquista. Fez o teste, sentiu que não está acertando, batendo na trave, peça pra sair e vá cuidar de outro ramo, num lugar que aceite suas opiniões. Não adianta insistir, tentar nova chance, ir para o terreiro de macumba que, na testa, está escrito a rejeição para sempre.

Política é uma cachaça diabólica, que embriaga na primeira dose, deixando os boêmios loucos na mesa do bar. Os que são relegados se transformam em biriteiros “pé de balcão”, que chegam de manhã e só vão pra casa na expulsória, depois da meia-noite. A partir dai, perdem tudo - mulher, filhos, sossego do lar e a dignidade, que não se vende nem troca.

A família Toledo sempre se deu bem e, nas últimas décadas, sustentar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Lucila Toledo, hoje prefeita de Cajueiro, além de deputada estadual, foi secretária de governo. Seu esposo, Fernando Toledo, atual conselheiro doTribunal de Contas, o substituiu. A bola agora está com Bruno Toledo, filho do casal, na luta pela reeleição.

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