José Elias
Confira os destaques da política alagoana #JE07082021
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RENATINHO CHAMA ADVERSÁRIOS PARA A DANÇA DENTRO DO SALÃO
Aberto o desfile, passarela ainda com poucas estrelas, plateia começa a fixar atenção nas coleções apresentadas. Modelos trocando de roupa, fotógrafos posicionados, cada um faz pose para virar atração da festa. Lápis e papel na mão dos jurados, olhos e preferência deles vão dizer, no final, prêmios maiores que ganharam o direito de representar a nova moda. A sucessão estadual chegou às ruas, embora tímida, mas já ocupa a boca do povo, principalmente dos fuxiqueiros. Alguns pegam ar, anunciam estrutura de campanha e dão primeiros passos em direção ao Palácio, também impaciente com a demora. A pressa, escondida na prateleira dos gabinetes, passa para agenda nova como prioridade dos candidatos. `Prefeito do Pilar, Renato Filho, tirou os concorrentes da rede e chamou para dançar no salão, no escuro. MDB de Isnaldo Bulhões não suporta desaforos, PSB de JHC prefere saber qual bicho vai dar e o PDT de Ronaldo Lessa quer saber por onde o vice-prefeito caminhará. De binóculos em Brasília, Arthur Lira acompanha, ouvidos abertos, ritmo da música.
PESQUISA VAI DECIDIR PRESTÍGIO DE ARAPIRACA NO VOTO DE 2022
Onde a nova legislação coloca os municípios no retrato da eleição majoritária que se aproxima? Pela visão dos analistas políticos, as pesquisas de opinião vão indicar a posição dos prefeitos bem avaliados para tirar a prova dos nove. Bem na fita, terão participação decisivas na escolha do governador e senador, somente agora ligando a chave do motor do carro. Luciano Barbosa, que saiu do governo atirando no MDB, não sabe ainda onde vai desembarcar o navio. Conversa com um e, depois, outro, mas não fixou rumo que tomará na sucessão estadual. Povo de Arapiraca medirá, nas ruas, sua temperatura, aprovando ou condenando a sua gestão, dizendo se ele tem condições de comandar a maioria dos votos. Diferente de Barra de São Miguel, onde o prefeito Biu de Lira, além da simpatia das ruas, pilota a massa. Lá, com certeza, com quem ficar, dará os votos aos preferidos do seu filho Arthur Lira, presidente da Câmara Federal. Em muitos municípios, a relação muda porque a fila da urna não acompanha mais a orientação dos “coronéis”, que prendem e arrebentam.
LISTAS DE PROMESSAS TOMARÃO CONTA DO INTERIOR E DA CAPITAL
Pai de santo Zé Argeu jura que desta vez vai comprar um caderno grosso para anotar as promessas dos candidatos. Pela experiência, garante que conhece quem mente pela cara, que treme as bochechas. Falou olhando pra cima, sem encarar o povo, contou ao radialista França Moura que pode colocar as palavras numa peneira que não sai uma verdade. Ele cansou de caminhar aos comícios em Fernão Velho e adjacência, reclamando de uma deficiência no ouvido. Para ele, a multidão se esforça para acreditar no que escutas mas, quando mistura os assuntos, não sai nada. Não fosse tão fã de política, disse que contrataria um rapaz para gravar os discursos e depois passar, em casa, deitado na rede do quintal. Argeu confessou sentir saudade dos pronunciamentos do procurador-geral de Justiça Dilmar Camerino, hoje aposentado. Lembrou dos aplausos a Mendonça Neto, que explodia as galerias da Assembleia Legislativa. E lamenta nunca mais ter sentido o tom da voz alta de Ronaldo Lessa na época em que era oposição de verdade, como deputado estadual.