José Elias
Confira os destaques da política alagoana #JE13082021
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QUEDA DE BRAÇO DESIGUAL ENTRE DINHEIRO E PRESTÍGIO
Fundo Partidário, aquele que financia a campanha eleitoral, vai produzir um duelo desigual entre os candidatos. Dinheiro contra os lisos que desafiarão a chamada briga do tostão contra o milhão. Prestígio funcionará para os que prestam serviços à comunidade em troca do voto na guerra em que gordos recursos aparecem na dianteira dos argumentos. Chega um numa grota, papo de vender avião, promete o que nunca realizará, e sai carregado nos braços do povo. Abastece a prateleira vazia, anuncia vagas para desempregados e, antes de entrar no carro luxuoso, acena, sorridente, à multidão. Aí, nome passa a frequentar os fuxicos das esquinas e, abertas as urnas, nunca mais voltam ao mesmo lugar. Ao contrário da família Galba Novaes que, por causa da assistência a sociedade, se mantem no poder no parlamento. Elegeu o pai, que chegou a ser prefeito de Maceió, em seguida o filho, hoje deputado, e agora o neto, presidente da Câmara de Vereadores. Deputado João Caldas fez o filho JHC prefeito e colocou Eudócia, sua esposa, suplente de senadora.
POLÍTICA TIRA FORTUNA DE JOÃO LYRA, QUE MORRE LONGE DE APROVEITADORES
Pior do que jogo de baralho, que arranca a calça dos otários pelo pescoço, a política vicia e esfola. Não adianta insistir porque, ingressou pela porta da frente, sai nu, escondido pelo quintal, sem bolso para guardar a carteira. Quem consegue escapar se transforma da água para o vinho, trocando de religião e pagando promessas para todos os pecados. Homem mais rico de Alagoas, empresário João Lyra jogava em todas as posições, batia escanteio e fazia o gol de cabeça. Na onda dos interessados no seu dinheiro, aceitou ajudar financeiramente os que lotavam, olho grande, o seu escritório. Depois, caiu decidiu ser suplente de senador, presidente do CSA e, em seguida, chegou rápido à Câmara Federal. Empolgado, vestiu a camisa de candidato a governador, gastou grande parte do patrimônio e sentiu ter caído numa emboscada. Olhou pra trás, não viu ninguém e constatou que os “amigos”, que secaram o cofre, eram de ocasião. Solitário, sem ninguém para conversar, perdeu o chão, adoeceu e virou prova de que o voto é um instrumento que só produz destruição.
O QUE ENTRA NO BOLSO SEM NINGUÉM VER, SOME RÁPIDO
Enriqueceu da noite pra o dia, todo mundo quer saber o motivo rápido da transformação e a troca da posição social. Política é um caminho que leva para lugares que até a própria razão desconhece. Desconfie da cara de santo falsificado, de fala mansa, querendo ajudar os pobres, que bate à sua porta com um rosário de promessas, como salvador da pátria. Alguns mandam espalhar na comunidade que são bonzinhos, procuram voto por amor aos inocentes. Se o coração é tão grande assim por que não distribuem o dinheiro que juntam durante o mandato entre os que sobrevivem em casas de papelão? Fazer psenadoraa do que não representa a verdade, lá em cima, presta contas das malvadezas da terra. Sabedoria é diferente de malandragem, lembra o deputado Jota Duarte, beirando os 100 anos. Experiência política não pode ser confundida com esperteza, depõe Gilvan Barros, empresário, que quer retornar por Brasília. Ajuda ao próximo significa suar a camisa pelas causas populares, atesta Temóteo Correia, imortal da Academia Alagoana de Letras.