VOTO VIRA OURO NUMA DISPUTA QUE CAPILÉ GOLEIA PRESTÍGIO E REJEIÇÃO

O valor do voto inflacionou o mercado em Alagoas, pior do que a subida dos preços nos supermercados. Uma bandeja de ovos ficou difícil de entrar na mesa da pobreza pela arbitrariedade de alcançar o bolso do consumidor. Muita gente ainda duvida da existência da fome porque não conhece a situação de calamidade em que vivem sobreviventes da periferia. A consciência do povo perdeu a capacidade de raciocinar e, na fila da votação, se lembra da música “eu não vou, vão me levando”. De um lado, nas ruas, com muita dinheiro, os candidatos de carta marcada e, do outro, a rejeição aos nomes. Quem entra no jogo de barriga e bolsos vazios vai contar história para os netinhos depois que a festa dos vitoriosos acabar. Nunca houve disputa limpa agora, ontem ou depois, mas, aqui pra nós, conquista do mandato hoje custa ouro. Demagogia era marca registrada de muitos que chegaram ao poder vendendo ilusões. A concorrência, à vista de todos, dá saudade dos tempos de Heloisa Helena, Ronaldo Lessa, Eduardo Bomfim e, como exemplo maior, a eleição de Thomáz Beltrão.