CANDIDATOS SIMPLES QUEREM SER BEM MAIORES DO QUE OS MANDATOS

Sempre é assim, não mudou uma vírgula, tudo dentro do quadrado traçado pelos que chegam, de repente, ao poder. O cardápio é o mesmo: de baixo, atrás de uma carona, o cara trata profissionais de imprensa como celebridades, na lista das estrelas famosas.

Quando assume – qualquer função –, muda do vinho pra água, fazendo de conta que nunca viu seu criador. O tempo passa, valores se renovam e autoridade, no corpo do cidadão, não pega a estrada nem nos momentos de dificuldades, que bate à porta de todos.

Gazeta de Alagoas, no Tabuleiro, um cara que hoje virou personalidade, vivia sentado na calçada da Redação. Candidato a vereador em Maceió, aguardava a chegada do jornalista, que cobria a Assembleia Legislativa e, perto das seis, passava as informações.

Agora, num gabinete luxuoso, faz de conta que nunca viu seu ex-colaborador, que o ajudou a ter votação esforçada. A vida continua, o Sol nasce para todos e, na passarela do tempo, todos são iguais perante o julgamento de pobres e ricos, longe da compra de votos.

Não existem mais amizades sadias dos tempos de Francisco Mello, Olavo Calheiros, Tonhão em Rio Largo e Carlinhos Três Irmãos.