DEPUTADO SEM VOTO, BURRO, SE DESTRÓI ENFIADO NO ATOLEIRO

“Você tem que respeitar meus 145 mil votos, cara!” - resposta, de fisionomia fechada, do deputado ao jornalista ousado que pediu uma explicação. Desconhecido, marinheiro de primeira viagem, novato no ramo, parlamentar era dono de grande fortuna adquirida longe da lei.

Todo mundo sabia que ele não tinha capacidade intelectual e talento para chegar ao parlamento, por falta absoluta de conhecimento geral. Tomou posse porque havia comprado – a peso de ouro - mandato que o povo, bucho vazio, deu em troca de favores momentâneos.

Deputado Jota Duarte, hoje com 100 anos, sempre ensinou que a corrida às urnas rejeita burrice e a malandragem dos otários. Quem não for profissional, agindo com o coração, não circula pelas estradas de Alagoas, coração aberto, acompanhado de notícias do bem.

Cabeça erguida, olhando pra frente, sem ligar o retrovisor, Duarte nunca desejou mal aos inimigos, receita que transfere para os verdadeiros amigos. “Eles se destroem enfiados no atoleiro de enganação que produzem ao longo da carreira!” - pediu outro copo de cerveja, mesmo desrespeitando a idade.