Governador e senador, o jornalista Arnon de Mello respirava o comando da Gazeta o tempo inteiro - da tiragem na Rua do Comércio à sua circulação. Junto com Zacarias Santana e Eliziário, nas oficinas, comemorava quando a edição se esgotava, eram vendidos todos os exemplares.

Tempos em que o profissionalismo começava, ele já estava à frente das grandes empresas do país, modernizando seus equipamentos. Década de 70, Jornal de Alagoas, concorrente da Gazeta, queria levar o chargista Nunes Lima pra lá, com uma proposta irrecusável

“Senador, o Jornal de Alagoas quer me contratar, dobrando o salário que ganho aqui…” - transmitiu Nunes ao senador, na Redação. “Aqui você recebe certinho todo mês e lá eles fazem de conta que te paga…”, reagiu, convencendo em poucas palavras o jornalista a ficar.

Tecnologia inexistente, Arnon de Mello usava o telefone, um dos poucos meios de comunicação da época, para ditar seus discursos no Congresso que seriam publicados no matutino de maior circulação no Estado. Longos, sempre sobrava para o jornalista Jurandir Tobias copiar e fazer com que chegassem ao setor de impressão.