Se a bondade viesse do coração, a relação política já teria alcançado um lugar privilegiado no céu, bem juntinho do Criador, que vê tudo lá de cima. Ninguém sabe como fica o estômago de candidatos que, por safadeza, preparam coleções de mentiras para soltar nas ruas.

Começam na melhor das intenções, mas quando recebem o diploma, oficializam as inverdades, que passam a ser obrigatórias no dicionário. Vergonha escondida no bolso, carreira se profissionaliza e, a partir dai, o povo tem que aguentar choro falso e desculpas cabeludas.

Muitos criam calendários particulares para percorrer os lugares que mantêm, em todas as eleições, mordomias da família e do restrito grupo político. Se perder a vez, tratamento muda para todos, com as ruas trocando de calçadas e atores perdendo o cartaz na multidão. A autenticidade sumiu do mapa.

Alagoas precisa de reforços que se juntem aos bons políticos que estão aí. Da seriedade de deputados como Selma Bandeira e Eduardo Bonfim. Da capacidade intelectual, de articulação e moral dos saudosos prefeitos Rogerio Teófilo, Tonhão e Carlinhos Três Irmãos.