BURACOS DA BRASKEM VÊM ENGOLINDO BAIRROS HISTÓRICOS DE MACEIÓ

Toda vez que o deputado Walter Figueiredo, de saudosa memória, ocupava a tribuna da Assembleia Legislativa, a turma do governo ensaiava um protesto contra o discurso. Ele criticava com veemência a instalação da antiga Salgema à beira mar, no Trapiche da Barra.

Isso no século passado, argumentava-se que a empresa seria a redenção econômica de Alagoas porque traria emprego, renda e desenvolvimento. Os tempos passaram, Figueiredo morreu e agora a Braskem (novo nome) está vendo que enterrou uma bomba relógio de longo alcance em Maceió.

O afundamento do chão em bairros históricos significa a falência das instituições oficiais e democráticas, que assistem a tragédia sabendo que da impossibilidade de reversão.

A política deveria entrar no jogo batendo forte. Mas o que poderá ser feito para ajudar os gestores atuais a corrigir os erros dos antecessores? Devem pelo menos se unir, sem rivalidade, esforços em comum, para defender os direitos e interesses de milhares de moradores que lutam contra os efeitos do desastre.