Chega de cirurgia!
Brasil é um dos países que mais realiza procedimentos estéticos, perdendo apenas para os EUA; tecnologia usada em ultrassonografias surge como alternativa para ajudar com o ‘projeto verão’
Por Victor Lima | Edição do dia 16/11/2019 - Matéria atualizada em 16/11/2019 às 04h03
Ah, o tempo… Os eternos poetas, como Cazuza, já diziam que ‘o tempo não para’. Esteticamente falando, esse é o terror de muita gente. Mas, calma, o tempo também passa para o bem. Agora, tem até uma máquina utilizando a tecnologia da ultrassonografia para ajudar a dar aquela melhorada no físico, sem muito esforço. Com o verão se aproximando, preste atenção na dica que nós trazemos para ajudar o tão prometido ‘projeto verão 2020’.
A indústria de cirurgia plástica é uma das que mais crescem no Brasil. Segundo dados levantados em 2017 pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS), o País fica atrás apenas dos Estados Unidos, com quase 2,5 milhões de procedimentos, contra os mais de 4 milhões realizados lá fora. O número diz respeito a procedimentos reparadores ou estéticos.
A popularidade das cirurgias por aqui é tamanha que a pesquisa ainda aponta não haver idade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em dez anos, a procura por esses procedimentos cresceu 141% entre jovens de 13 a 18 anos. A SBCP também destaca que, em 2016, 6% das operações estéticas ou reparadoras foram em pacientes menores de idade.
A novidade, então, chega para ajudar em áreas incômodas e sem precisar recorrer a práticas mais invasivas. Sabe aquela dobrinha entre os braços e a axila? A região ao redor do umbigo? A parte interna das coxas? A tecnologia promete ajudar na redução de até 80% delas com as sessões de vinte minutos. O diferencial é o poder da energia da ultrassom. As ondas penetram com maior profundidade, chegando até a fáscia, que é o tecido feito de colágeno que envolve os músculos.
“É um procedimento não cirúrgico que ajuda na flacidez e no contorno corporal. Pode ser realizado no corpo e no rosto, de forma que a pessoa não precise sair de sua rotina. O interessante é que a máquina vai na profundidade, naquela pele que envolve o músculo. Por ir fundo, age como nenhuma outra tecnologia conseguiu, por isso que tem feito muito sucesso”, diz Luisa Cláudia, esteticista há 25 anos.
Ela explica melhor como o procedimento funciona. “Dependendo da idade, só uma sessão é o suficiente. Além disso, é importante ressaltar que o procedimento é aprovado pelos órgãos controladores nacionais e internacionais. Mais de 55 países já utilizam. Não tem produto sintético, não tem cirurgia. É o estímulo de um novo colágeno natural. Claro que há uma inflamação com a ação da máquina, mas é algo rápido. Tem gente que nem chega a ficar inflamado”, acrescenta.
As aplicações podem ser realizadas de diversas maneiras. “São duas fases de aplicação, a micro e a macro. Cada ponteira permite muitas possibilidades de nova construção de colágeno. Dá para fazer em partes isoladas do corpo. Tem um senhor que fez a papada e o pescoço. A autoestima dele foi lá pra cima. É uma das melhores coisas de se ver nas pessoas. Já vi gente com uma simetria de rosto impressionante e fazendo só uma sobrancelha”.
Luisa destaca que, antes da aplicação, há a realização de uma avaliação médica. “Antes da realização do procedimento, há uma avaliação médica de como tudo será desenvolvido. Até porque tem gente que já possui uma pele boa, pelo cuidado que tem. Agora, para se ter uma ideia de como é um procedimento simples, o uso da maquiagem, por exemplo, é permitido após a realização”.
Sobre as sessões, a esteticista ainda esclarece mais algumas dúvidas. “Tudo depende do grau de envelhecimento da flacidez, uma vez que a oxidação da pele acontece muito rapidamente. Também depende de como a pessoa cuida da pele, dos tratamentos diários que ela faz”.
Quando se fala em procedimentos estéticos, a maioria das pessoas já imagina o peso que eles podem causar ao financeiro. No caso da energia da ultrassom, os valores partem de R$ 500. “Em São Paulo, é caro mesmo. Mas aqui em Maceió é possível encontrar mais barato. Com R$ 500 você já consegue fazer algo mais simples. Tem clínica que até parcela o valor no cartão. Então, é bem acessível”.