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Nº 5759
Maré

Como os alagoanos estão se planejando para 2023

Alagoanos se planejam para realizar sonhos em 2023; saiba o que fazer para evitar autossabotagem e frustrações no ano novo

Por THAUANE RODRIGUES * ESTAGIÁRIA | Edição do dia 10/01/2023 - Matéria atualizada em 25/01/2023 às 15h29

Muito planejamento e organização para, assim, conseguir alcançar os objetivos. É dessa forma que os alagoanos têm passado os primeiros dias de 2023. Escrevendo metas, priorizando objetivos, fazendo listas, tudo é válido quando o assunto é chegar onde se quer. 

Sendo uma tendência e também uma recomendação dos profissionais, iniciar o ano traçando um panorama de tudo que deseja conseguir é sempre uma boa opção, afinal, isso ajuda a reafirmar e reavivar a esperança de que o cenário pode desenhar-se ainda mais otimista.

Ideais para o auxílio no direcionamento na hora do pontapé inicial em busca de um objetivo, os planejamentos, sejam eles mensais ou anuais, têm conquistado os corações. Porém, sem muitas cobranças, para que frustrações não sejam geradas.

O psicólogo João Paulo Alves (CRP 15/6139)  afirma que é importante pensar em prazos, mas sem torná-los rígidos. Além de seguir o lema “pensar grande, mas fazer pequeno”, pois pequenos objetivos abrem precedentes para metas mais audaciosas.

“Se algo não sai conforme o planejado e no tempo previsto, merece ajuste. Algumas pessoas se frustram nesse aspecto tendendo a acreditar que tudo deve ter um prazo pré-estabelecido. No que se refere à realidade, precisamos pensar em metas possíveis. Muitas pessoas se decepcionam pelo fato de darem passos maiores que as pernas”, diz.

A professora Amanda Lorena é uma das alagoanas que são adeptas ao planejamento anual. O hábito surgiu em 2018, quando estava precisando se organizar e definir prioridades para ingressar no mestrado no ano seguinte. Como deu certo, todos os anos o planejamento é um momento importante na vida de Amanda.

Lidando com a ansiedade, a professora conta que manter um planejamento é o que a ajuda a se organizar e priorizar o que é necessário, sem se perder no decorrer do ano. Ela revela que começou a anotações em uma folha qualquer, mas hoje já tem um caderno eleito para isso, com tabelas mensais e semanais, além de listar as prioridades e prazos que precisa cumprir.

“Às vezes, quero fazer tudo ao mesmo tempo e não dá! Os meses vão passando e coisas novas vão aparecendo, aí recorrer ao planejamento anual me ajuda a ‘voltar aos eixos’ ou somente perceber que mudei minhas intenções e que, agora, são outras as prioridades”, diz ela.

“Dentro das prioridades vou elegendo quais passos preciso fazer para chegar lá. Isso me ajuda a me organizar e ver o que tá faltando ou quanto já andei... Cada mês eu vou vendo o que já foi feito, o que mudou. Às vezes, a gente só muda de ideia e não quer mais aquilo que queria no começo do ano”, completa.

No mundo dos negócios, planejar também é necessário. Há cinco anos, a empresária Manu Vital, dona do salão afro Manu Cabelos, abraçou o mundo do planejamento e começou a traçar metas, principalmente em suas campanhas.

A empreendedora descobriu que colocando os planos no papel era possível ter mais liberdade, segurança de gastos, tempo e até organização durante a execução dos serviços, o que melhorou sua vida, tanto em âmbito profissional quanto pessoal.

“Costumo construir segmentos e estratégias mais específicas para épocas do ano. Faço o termômetro de fluxo e desenvolvo técnicas. As metas são flexíveis, podendo ser alteradas de acordo com as campanhas, possibilitando metas reais que consigam ser batidas e alcançadas, com, claramente, resultados positivos”, contou ela. 

Assim, Manu consegue verificar onde houve falha e o que precisa ser melhorado, sem optar por metas mirabolantes e que certamente frustrariam ela e os planos para a empresa.

O psicólogo João Paulo aponta que os erros mais recorrentes para quem faz planejamentos são referentes à urgência na resolução e a magnitude da meta. Ele aconselha que é preciso partir do princípio da proporcionalidade para atingir resultados satisfatórios. Se as metas não são proporcionais, a frustração é o resultado inevitável.

“É preciso entender que as metas não são estáticas. Por mais que tenhamos certo controle sobre as situações, ainda assim não teremos controle sobre tudo. Nossas metas também sofrem com as ações das variáveis. As metas dependem de um conjunto de fatores para que aconteçam, começando por nós, mas sendo implicadas pela ambiência. Se conseguirmos desenvolver essa consciência, naturalmente, lidar com os imprevistos se torna uma atitude menos dolorosa e fatalista”.

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