VALORIZAÇÃO DA ARTE ALAGOANA
Renda-se divulga selecionados para a edição 2025
Maior evento de moda autoral e artesanal do Nordeste, que conta com patrocínio do Magazine Luiza, chega à sua quinta edição este ano, revelando talentos, enaltecendo a arte manual alagoana e movimenta


O filé, renda que carrega nas tramas a identidade cultural de Alagoas, vai ganhar novas formas, cores e interpretações no maior evento de moda autoral e artesanal do Nordeste. Em sua quinta edição, o Renda-se Moda Festival 2025 já teve seus talentos definidos. São estilistas profissionais e estudantes da área que foram escolhidos a dedo para transformar o legado do feito à mão em peças originais, que prometem encantar na passarela e despertar muitas emoções.
Este ano, o Renda-se vai homenagear a estilista brasileira Zuzu Angel e a modelo e atriz Elke Maravilha. Cada um dos selecionados terá a missão de criar, desenvolver e confeccionar uma coleção cápsula composta por onze looks temáticos, que devem conversar entre si e trazer, em sua composição, o entrelaçado das linhas do filé, além da delicadeza da singeleza e do bordado.
As peças da coleção devem ser inspiradas nos temas Fio da Liberdade (homenagem a Zuzu Angel); Maravilha Atemporal (homenagem a Elke Maravilha); Essência Casual; Oásis; Vanguardista & Vital; Raízes Urbanas; Encanto do Sertão; Alma Brasileira; Essência do Agora; Alma Criativa e Singeleza Imperial.
No total, quatorze estilistas profissionais foram selecionados para o Renda-se deste ano. São eles: Alcidean Prado, Beatriz Jackelyne, Gabryella Azevedo, Alda Gomes, Florise Lima, Fernando Marinheiro, Mylena Mayra, Jadson Lima, Vanessa Batista, Alano Rocha, Giulio Marques, Felipe Linsanto, Jonhson Alves e Marciano.
Já os oito estudantes escolhidos pela curadoria do evento, após inscrição por meio de edital, são Marislayne Barbosa, Rafael Neto, Lays Trindade, Laise Cordeiro, Angela Auad, Tobias Barros, Lucila Douca e Felipe Tales.

Dos onze looks, nove deles terão em sua estrutura a renda filé; um deles a renda singeleza e outro o bordado. Todos eles, no entanto, deverão refletir os valores e a originalidade da cultura alagoana, premissa que já se tornou uma marca registrada do Renda-se. As peças das coleções precisam estar em total conformidade com os princípios da sustentabilidade, desde a escolha dos materiais até o processo de fabricação.
Todos os participantes recebem valores, previstos em edital, que deverão ser destinados à aquisição de materiais e produção das peças. O estilista profissional que se consagrar vencedor do Renda-se vai receber um prêmio em dinheiro no valor de R$ 15 mil. Para o estudante que tiver a sua coleção escolhida como a melhor, o prêmio é no valor de R$ 8 mil.
RESGATE
Além de fomentar a criatividade e movimentar os profissionais e estudantes da área de moda, o Renda-se também promove o resgate das raízes alagoanas, valorizando os trabalhos manuais, gerando emprego e renda, potencializando a economia criativa e elevando a autoestima dos artesãos alagoanos, colocando-os em um patamar de onde jamais deveriam sair.
A produtora executiva do Renda-se e estilista Alina Amaral conta que o evento nasceu em respeito à natureza criativa de Alagoas, para jogar luz sobre a ancestralidade em forma de manualidade, fazendo com que, naturalmente, o processo de fomento aconteça.

“O renda-se é o primeiro evento de moda em Alagoas com foco no artesanal e manualidade e hoje é um dos maiores do país. Em cinco anos de evento, está clara a organização da cadeia. Muito além do criativo, o mercado de moda representa empregos, identidade, representatividade. Podemos dizer que deu-se a magia, o Renda-se já é e reforça o DNA criativo vocacionado que tem nossa região. É momento de celebrar e ressaltar o poder deste mercado. Este ano, teremos um olhar além do criativo e o Renda-se oferecerá capacitações e um acompanhamento além evento. Seguimos com o propósito de transformar nosso celeiro criativo em identidade e mercado”, destaca.
Mais uma vez, o Renda-se vai contar com o patrocínio master do Magazine Luiza. Para o representante do Magalu, Fábio Elias, muito mais que um evento de moda, ele é um movimento que, há cinco anos, vem fortalecendo a identidade alagoana.
“Esses cinco anos de projeto representam um reposicionamento da moda em Alagoas, unindo raízes locais a valores globais como sustentabilidade e identidade cultural. Fortalecemos comunidades artesãs, revelamos talentos e mudamos a forma de pensar e fazer moda no estado. Hoje, Alagoas não apenas produz moda, mas inspira, transforma e valoriza quem faz parte dessa rede criativa”, afirma Fábio.
Diretor criativo do projeto há três anos, Fernando Perdigão, que há mais de quatro décadas trabalha com o desenvolvimento do filé alagoano no campo da moda e decoração, destaca a grandiosidade do Renda-se, que movimenta toda uma cadeia produtiva.

“O evento movimenta desde costureiras a maquinações, levando o filé para a moda criativa desses novos criadores, valorizando esta e outras culturas do feito à mão, e dando uma visibilidade imensa para a cultura artesanal. São produções que mesclam tecidos e técnicas e que, a cada ano, tenta inovar e se ajustar ao padrão de moda nacional”, destaca.
O diretor de criação do projeto, Rodrigo Ambrósio, resume em poucas palavras a importância do evento. “O Renda-se é um farol criativo que atrai criativos e por isso não pode mais se apagar. A ideia é que o evento ilumine o diálogo entre a moda alagoana e suas ramificações, em um movimento contínuo. Para isso, além de projetar uma bela passarela funcional, pensamos em como a arte e o feito à mão de Alagoas podem protagonizar o festival”, descreve.
Para os participantes selecionados nesta edição do evento, trata-se de uma oportunidade única para desenvolver algo criativo e focado nas raízes de Alagoas.
O estilista profissional Deyvisson Felipe conta que ser escolhido para participar do projeto é a realização de um sonho. “Participar do Renda-se é viver a realização de um sonho e mergulhar em novos olhares sobre a moda e a arte, um passo grandioso na minha trajetória criativa”, afirma.
Já a estudante de moda Lays Trindade sabe bem da importância do evento para o futuro dela na carreira. “É a oportunidade de fazer o que sempre sonhei, e melhor ainda, no lugar onde nasci”, fala.