BEM-ESTAR
Oito dicas práticas para começar se exercitar com segurança
Segundo especialista, atividade física feita sem orientação adequada pode acabar gerando mais prejuízos do que benefícios


O desejo de começar uma atividade física costuma estar presente nas promessas de ano novo, nos planos de segunda-feira e nas listas de metas de quem busca saúde, mas tirar esse plano do papel exige mais do que empolgação. É preciso estar atento ao fato de que praticar atividade física sem a orientação adequada pode acabar gerando mais prejuízos que benefícios, seja pelo risco de lesão, pela frustração ou até pela desistência precoce.
Pensando nisso, o médico Djairo Araújo, especialista em nutrologia e medicina esportiva, listou oito orientações essenciais para quem quer começar com o pé direito, respeitando os limites do corpo e tirando o melhor proveito de cada treino. Confira!
1. Escolha uma atividade prazerosa e realista: antes de qualquer resultado, é importante gostar do que se está fazendo. Exercício físico precisa ser prazeroso para se tornar um hábito duradouro. Caminhada, dança, musculação, esportes em grupo - vale tudo que te coloque em movimento com leveza e constância;
2. Faça uma avaliação médica e nutricional: quem está parado há muito tempo ou tem alguma comorbidade precisa passar por uma avaliação médica antes de iniciar a prática. Condições como sobrepeso, hipertensão, asma ou doenças articulares merecem atenção redobrada. O ideal é complementar com uma avaliação nutricional, garantindo que o corpo esteja preparado para as novas demandas físicas;
3. Fuja dos treinos improvisados nas redes sociais: seguir vídeos aleatórios da internet pode parecer prático, mas o risco de lesão aumenta quando os movimentos não respeitam a individualidade do corpo. Um treino sem contexto, sem adaptação ou acompanhamento pode fazer mais mal do que bem;
4. Dê atenção à hidratação e à alimentação: treinar de barriga vazia, exagerar nos pré- treinos ou negligenciar a hidratação são erros comuns. Comer bem e se hidratar adequadamente antes e depois do treino é fundamental para o desempenho, a recuperação muscular e a saúde em geral;
5. Conte com profissionais habilitados: um educador físico vai guiar a intensidade e a progressão do treino com segurança. Um nutricionista esportivo pode ajustar a alimentação às suas metas. E o acompanhamento médico garante que tudo esteja dentro dos limites do seu organismo. Atividade física pode ser simples, mas nunca deve ser negligente;
6. Comece com calma - carga não é tudo: excesso de peso nos aparelhos, repetições demais ou intensidade desproporcional ao seu condicionamento são convites a lesões. Melhor treinar bem, com técnica correta, do que tentar “compensar” anos de sedentarismo em uma semana;
7. Respeite os sinais do seu corpo: dor não é sinônimo de progresso. Ao menor sinal de desconforto persistente, pare. Se for pontual, reduza a intensidade. Treinar cansado demais, com dores articulares ou sobrecarga emocional pode gerar estresse ao invés de bem-estar;
8. Durma bem e respeite o descanso: treino bom é treino que respeita os ciclos do corpo. Dormir mal ou treinar todos os dias sem descanso adequado compromete o rendimento e aumenta o risco de lesão. Saúde não se resume ao que acontece na academia - começa também no travesseiro.
Cuidar do corpo exige mais do que suor, exige consciência. Mais do que performance, a atividade física precisa promover saúde e equilíbrio. “Treinar deve ser um gesto de cuidado, e não um ato de punição. Quanto mais prazer, consistência e orientação, melhores serão os resultados físicos e emocionais”, reforça o médico.