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SAÚDE

O que acontece no nosso corpo durante o jejum prolongado? Entenda

Prática provoca mudanças no metabolismo mas pode trazer benefícios e riscos que exigem atenção

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Imagem ilustrativa da imagem O que acontece no nosso corpo durante o jejum prolongado? Entenda
| Foto: jayk7/Getty Images

O jejum prolongado, prática que envolve passar muitas horas ou até dias sem comer, vem ganhando adeptos que buscam desde emagrecimento até possíveis benefícios para a saúde. Mas ficar longos períodos sem alimento provoca mudanças profundas no organismo.

Após a última refeição, o corpo ainda está absorvendo nutrientes, com níveis altos de glicose e insulina. O excesso de açúcar é armazenado como glicogênio no fígado e nos músculos.

“Passadas três ou quatro horas, começa a fase inicial de jejum, na qual a insulina começa a cair e o glucagon sobe, estimulando a quebra do glicogênio para manter a glicose no sangue”, explica a endocrinologista Carolina Janovsky. Essa reserva costuma durar até cerca de 24 horas.

O nutrólogo Felipe César detalha que, no início, o organismo utiliza a glicose já circulante no sangue, depois recorre ao glicogênio, funcionando como uma bateria de emergência. Quando o glicogênio se esgota, há uma mudança metabólica importante e o corpo usa a gordura armazenada como principal fonte de energia.

No jejum prolongado, há queda da insulina e maior quebra da gordura para servir de energia.

O corpo também começa a produzir glicose a partir de proteínas e gorduras, em um processo chamado gliconeogênese, para manter funções vitais. Além disso, entra em cena a autofagia, um mecanismo de limpeza celular que recicla componentes danificados e pode favorecer a saúde e a longevidade.

A prática sem supervisão pode levar à desidratação, desequilíbrio de eletrólitos, arritmias, insuficiência renal, hipoglicemia, perda de massa muscular, deficiências nutricionais e até síndrome de realimentação — quando o retorno inadequado à alimentação causa complicações. Em casos extremos, o corpo pode consumir proteínas de órgãos vitais, levando à falência deles.

Sobre benefícios, os especialistas concordam que protocolos mais curtos têm evidências associadas à melhora da sensibilidade à insulina, redução de gordura corporal, queda da pressão arterial e melhora do perfil lipídico.

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