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COLUNA ILCA MARIA ESTEVÃO

Grunge: 5 provas de que o movimento dos anos 1990 voltou com tudo

Das passarelas ao cinema, as diferentes formas de expressão retomam a contracultura promovida pelo grunge nos anos 1990

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Imagem ilustrativa da imagem Grunge: 5 provas de que o movimento dos anos 1990 voltou com tudo
| Foto: Divulgação

O grunge nasceu no início dos anos 1990 como um grito de inconformismo traduzido nas músicas em letras melancólicas e, na moda, em roupas aparentemente “desleixadas”, negando as tendências ditadas pela indústria. O movimento ganhou força e rapidamente se tornou um estilo de vida difundido pelos continentes — e pelo tempo. Em 2025, elementos do grunge voltam a ser vistos no mainstream, mostrando que o espírito transgressor nunca deixou de existir entre as gerações.

Quem escutava o álbum Nervermind, do Nirvana, em 1991, mal poderia imaginar o impacto que as letras, a musicalidade e a atitude presentes nas canções teriam na cultura. Em pouco tempo de carreira, Kurt Cobain fez o jovem questionar o significado de moda, de consumo e até mesmo de juventude. Na música, o estilo ainda foi fortalecido por grupos como Pearl Jam e Soundgarden.

Paralelamente, os ritmos musicais superproduzidos e o estilo extravagante das décadas anteriores perdiam força, assim como a fé religiosa e a crença de que os EUA eram o melhor país do mundo. O grunge surge como um manifesto de negação a tudo isso.

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| Foto: Divulgação

Ao desprezar o mainstream, o grunge acabou, rapidamente e paradoxalmente, tornando-se o movimento que dominou o mercado pelos próximos anos. Marcas de moda como Vivienne Westwood — que já carregava o punk em sua essência — transformaram em luxo a roupa que surgiu como uma negação das tendências.

Três décadas depois, com muitos movimentos que vieram e foram ao longo das temporadas, o grunge nunca deixou de ser representado nas diferentes áreas da moda. Em 2025, contudo, não é apenas a nostalgia que o mantêm vivo, e sim o resgate da contracultura que resulta em novas expressões artísticas.

Veja 5 provas de que o grunge voltou com tudo:

Grunge nas passarelas - A estética grunge, marcada por sobreposições, camadas despretensiosas e um ar de “descuido”, voltou a dominar as coleções de moda nas últimas temporadas. Flanelas, jaquetas oversized, coturnos, jeans rasgados e padrões xadrez aparecem em desfiles de grifes como Miu Miu e a Burberry.

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| Foto: Divulgação

Grunge na música - Mais de 30 anos após o lançamento de Nevermind, bandas novas e artistas solo continuam revisitando o som sujo das guitarras distorcidas e letras melancólicas. Cada vez sendo sobreposto em novas histórias e estilos, o espírito contestador permanece vivo na indústria musical, especialmente entre as variantes do rock n’roll.

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| Foto: Divulgação

Em 2025, a estética foi revivida até mesmo no pop, com o álbum Mayhem, da Lady Gaga. A cantora descreveu a canção Perfect Celebrity como um “electro grunge”. Além dela, a faixa bônus Can’t Stop the High carrega as mesmas influências, provando a longevidade dessa movimento na cultura.

Grunge na maquiagem - O visual carregado e sombrio voltou a ter espaço no universo da beleza. Olhos borrados com sombra preta, batons escuros e uma aparência que valoriza a imperfeição marcam a estética grunge na maquiagem. Essa tendência, que dialoga diretamente com a ideia de rejeitar a perfeição plástica, ganha significados renovados com as redes sociais, nas quais pele, sorriso e estilo de vida são “transformados” pela estética considerada ideal e sem defeitos.

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| Foto: Divulgação

Grunge no cinema - Não é difícil perceber que o grunge voltou a aparecer em produções cinematográficas. O espírito desafiador pode ser encontrado em 2025 tanto em sequências, como a de Sexta-Feira Muito Louca — em que a personagem de Lindsay Lohan vive mental e esteticamente o grunge — quanto em séries, como Wandinha, inspirada em A Família Addams (1991). Mesmo se tratando do mainstream, o grunge se mantém como um símbolo de resistência, dando espaço para as vozes dos jovens de hoje, que, no fundo, passam a ter as mesmas reivindicações dos jovens de 30 anos atrás.

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| Foto: Divulgação

Grunge no guarda-roupa - Um ponto importante da moda grunge é o desapego aos padrões e tendências. Nesse cenário, os brechós se tornaram protagonistas na hora de montar o guarda-roupa. Foi assim que surgiram itens como as calças jeans rasgadas e, claro, as flanelas, que representam a durabilidade buscada na contracultura. Todos esses exemplos podem ser vistos, hoje, como peças inegociáveis para muitos, inclusive celebridades.

As calças jeans largas também são um exemplo da estética grunge em alta na atualidade. Versáteis, essas peças podem ser combinadas com regatas básicas, camisas de flanela xadrez, jaquetas de couro, moletons ou até mesmo com itens mais delicados, como blusas e vestidos de renda.

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