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Adotei um cachorro de rua, e agora? Veja cuidados e primeiros passos

A adoção de um pet de rua pode parecer desafiadora; especialistas indicam quais os cuidados essenciais para adaptar o bichinho

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Imagem ilustrativa da imagem Adotei um cachorro de rua, e agora? Veja cuidados e primeiros passos
| Foto: Divulgação

Ao adotar um cachorro de rua, é comum não saber quais medidas devem ser priorizadas no trato com o animal. Entre consultas com veterinários, alimentação e adaptação em casa, lidar com um novo ser, que parece estar tão vulnerável, pode causar preocupação. Enquanto alguns pets podem parecer extremamente agitados com o afeto recebido, outros podem se sentir desconfiados. Por onde começar, então?

A primeira orientação a seguir ao acolher um animal de estimação da rua é levá-lo ao veterinário. Segundo o médico Atílio Sersun, antes de realizar qualquer tipo de exame, é importante que o cão passe por um atendimento. O especialista responsável irá fazer uma avaliação física detalhada no animal e, a partir desse primeiro contato, pode solicitar alguns exames básicos.

Entre eles, Sersun exemplifica o coproparasitológico (de fezes), o hemograma e a avaliação das células circulantes. Entretanto, como os animais de rua estão expostos a todo tipo de doença, o veterinário pode solicitar exames complementares — ou seja, que não são os básicos.

De acordo com a veterinária Carla Perissé, entre os exames laboratoriais indispensáveis, o veterinário clínico pode indicar: hemograma e bioquímica sérica para avaliar infecções, anemia e doenças do carrapato; exame de urina e fezes para detectar verminoses, diabetes e doenças urinárias/intestinais; testes para cinomose, parvovirose, leishmaniose e raiva; raio-X e ultrassonografia se houver suspeita de problemas ósseos ou lesões internas.

Adaptando a dieta

Perissé alerta que a transição alimentar precisa ser gradual para prevenir vômitos e diarreias. O tutor deve misturar 20 a 30% da ração nova à anterior nos primeiros dias, aumentando aos poucos até chegar a 100%.

Caso o pet não coma a ração, você pode oferecer alimentos caseiros, como verduras sem temperos ou petiscos até ele acostumar. “Fique atento a sinais de desconforto digestivo e, em caso de alterações, consulte um veterinário”, orienta.

Adaptando o novo lar

Preparar um espaço tranquilo e seguro é fundamental. Separe um espaço dentro de casa para o animal com tudo que ele irá precisar. A veterinária indica deixar disponíveis itens como brinquedos, uma caminha e água. Além disso, o tutor deve remover riscos domésticos do espaço onde o cão irá ficar.

Caso você more com outras pessoas e cães, apresente o animal de estimação de forma gradual, sempre supervisionando o espaço, sem forçar nada ao pet. “Permita que ele explore e se aproxime das pessoas e pets no próprio ritmo”, sugere.

Fique atento também aos sinais de medo, agressividade e retraimento do cão. Apesar de alguns animais de estimação apreciarem o contato físico recorrente, outros podem se sentir incomodados ou invadidos.

E quanto à vacinação?

O protocolo de vacinação pode variar. Sersun esclarece que, caso o animal de estimação esteja com o quadro imune prejudicado, levá-lo para tomar determinadas vacinas é contraindicado. “Considerando que é um animal de rua, não sabemos se ele foi vacinado ou não”, argumenta.

Perissé descreve que o clínico pode recomendar que seja iniciado o ciclo de vacinação com vacinas polivalentes e antirrábica. A vermifugação deve ser feita na chegada e, posteriormente, repetida em 15 dias. Depois disso, o protocolo segue a partir da avaliação do especialista. “O controle de ectoparasitas (pulgas, carrapatos) também é essencial”, finaliza a veterinária.

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