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Nº 5693
Mercado Alagoas

Confira os destaques da economia alagoana #MA21032020

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Por Edivaldo Junior | Edição do dia 21/03/2020 - Matéria atualizada em 21/03/2020 às 06h00

Ameaça

O programa do leite, maior ação social do governo de Alagoas corre o risco de acabar até o final deste mês. O contrato com as cooperativas de agricultores familiares que fornecem o produto vai até o dia 31 de março e ainda não foi renovado – nem há prazo para renovação.


Quem perde

Atualmente o programa do leite atende 80 mil alagoanos, entre idosos, crianças e nutrizes carentes dos 102 municípios alagoanos. A suspensão pode afetar cerca de 15 mil idosos que recebem leite do programa em Alagoas, justo no momento que enfrentam a ameaça da pandemia do coronavírus.


Sem prazo

A Secretaria de Agricultura informa que o processo (edital) para a realização de novo contrato está em tramitação. Mas com a suspensão dos serviços públicos em função da pandemia, o programa corre o risco de ser suspenso sem uma solução.


Sem recursos

Pior é que os recursos federais para o programa do leite não estão assegurados. O Ministério da Cidadania tem orçamento de apenas R$ 30 milhões para todo o País este ano. Só Alagoas precisaria de R$ 28 milhões. Conseguir mais recursos depende do governo, mas também do empenho da bancada federal de Alagoas.


Suspendendo

Em reunião com cooperativas que operam o programa do leite, na semana passada, o secretário de Agricultura, João Lessa, sinalizou que vai determinar a suspensão das entregas de leite até que um novo contrato seja realizado.


Demanda...

Com o aumento expressivo da procura de álcool em gel por parte da população como forma de se prevenir contra o coronavírus, a Cooperativa Pindorama, única unidade do setor sucroenergético alagoano a envasar o produto no Estado, só neste mês de março, comercializou mais de 6.700 caixas do produto, cada uma com 12 unidades de 500 gramas do produto. Os dados divulgados são referentes apenas às saídas referentes ao período de 02 ao dia 18 deste mês.


...aquecida

No mês de fevereiro, segundo a cooperativa, foram comercializadas 588 caixas do álcool em gel tradicional e 850 caixas em janeiro. O crescimento este mês foi, portanto, de mais de mil por cento.


Sem especulação

O presidente da cooperativa Pindorama, Klécio Santos, assegura que os preços praticados pela indústria serão mantidos: “Não vamos aumentar o preço do álcool em função da crise, como algumas empresas têm feito. Se nosso produto estiver com valor maior nos mercadinhos ou supermercados, pode denunciar ao Procon, porque a fábrica não vai especular”, aponta.


Sem produto

Klécio assegura que será mantida a produção do álcool líquido, inclusive na formulação 70, que é o mais indicado na higienização de pessoas ou ambientes. “Infelizmente, não estamos mais conseguindo fabricar o álcool gel. Isso porque a matéria-prima para sua fabricação, o carbopol, que é misturado ao álcool, está em falta no mercado. Assim que houver disponibilidade, voltaremos à fabricação”, adianta.


Comitê

O governo de Alagoas, considerando os impactos na economia estadual da pandemia do novo coronavírus, estabeleceu, por meio do decreto nº 69.531, de 19 de março de 2020, a criação do Comitê de Gerenciamento de Impactos Econômicos da Crise, com o objetivo de dar suporte às decisões do Poder Executivo.


No comando

O secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, foi designado como o presidente do comitê e terá a competência para conduzir os trabalhos e convocar os demais membros para as sessões. Esta iniciativa tem caráter de coordenação de ações para organizar uma agenda de medidas que diminuam os efeitos nocivos à economia decorrentes da crise.


O que esperar?

“Nós esperamos que essa situação se normalize o mais breve possível, mas, enquanto estamos passando por esse momento, precisamos tomar medidas combativas para minimizar os impactos na economia alagoana. Então, o objetivo é garantir que esta crise seja o menos devastadora possível para o Estado”, comenta o gestor.

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