Economia
Inflação desacelera para todas as faixas de renda em março

Inflação
A inflação desacelerou em março para todas as faixas de renda, na comparação com fevereiro. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para a classe de renda muito baixa, o recuo foi de 1,59% para 0,56%. Já para a classe de renda alta, a taxa passou de 0,9% para 0,6%.
Motivo
Segundo o Ipea, a desaceleração da inflação para as classes de menor renda pode ser explicada pelo reajuste modesto das tarifas de energia elétrica (0,12%) e pelas quedas nos preços das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e do metrô (-1,7%).
Alta
No caso das famílias de renda alta, a principal contribuição para a melhora foi a redução nas taxas do grupo educação, que passaram de 0,90% em fevereiro para 0,60% em março. O dado reflete, principalmente, o fim do impacto dos reajustes das mensalidades escolares, geralmente aplicados no início do ano.
Pindorama
Diante de um clima atípico, que não favoreceu a cultura da cana-de-açúcar, a Cooperativa Pindorama registrou queda na produção da safra 2024/2025 em comparação ao ciclo anterior. Apesar da expectativa inicial de colher até 1,1 milhão de toneladas, a unidade industrial fechou a safra com 825 mil toneladas processadas.
Próxima
Com a retomada das chuvas nos últimos meses, houve melhora nas condições climáticas, renovando as expectativas de incremento para a próxima safra, que deve ficar entre 800 mil e 900 mil toneladas de cana.
Substituição
O Brasil pretende assumir o espaço dos Estados Unidos como principal fornecedor de carne bovina à China. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a estratégia do governo é reforçar a confiança do mercado chinês na qualidade da carne brasileira.
Oportunidade
Com o cenário internacional favorável, o país busca ampliar sua participação no mercado chinês. A missão liderada pelo Ministério da Agricultura prevê novos acordos bilaterais, aproveitando o desgaste comercial entre Washington e Pequim.
Expansão
O governo tem intensificado as relações com a China para fortalecer o setor agropecuário. A proposta inclui a ampliação de certificações sanitárias e o reforço da previsibilidade para exportadores. A expectativa é aumentar o valor agregado da carne exportada.
Alerta
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que as tensões comerciais globais têm reduzido o ritmo do crescimento econômico mundial. Apesar do cenário adverso, a instituição não prevê risco imediato de recessão, mas recomenda reformas internas e maior cooperação entre países.
Estagnação
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, destacou que as disputas comerciais têm impactado as cadeias produtivas e o emprego global. Para ela, o multilateralismo é o caminho necessário para destravar o crescimento econômico.