Reação
Alagoas articula diversificação de mercados diante de tarifa dos EUA

Diversificação
Produtores de açúcar em Alagoas consideram diversificar o mercado após anúncio de tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros veiculados no país. Representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics) e do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias, defendem estratégias como a diversificação de mercados, o fortalecimento das cadeias produtivas e a atuação diplomática para mitigar os efeitos da medida.
Impacto
De acordo com a gerente do CIN/AL, Dielze Mello, “O aumento de tarifas dos EUA pode gerar impactos significativos no setor açucareiro e na economia de Alagoas. O momento não poderia ser menos propício, pois já estamos enfrentando uma queda nas exportações do estado”. Dielze também defende a intensificação da atuação diplomática do governo federal, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), como tentativa de reversão das tarifas.
Mais parceiros
Segundo a dirigente, o setor sucroenergético tem mais margem para redirecionar os embarques devido à existência de outros parceiros comerciais. “O setor de açúcar tem outros parceiros comerciais, então essa abertura é mais fácil para eles. Mas todos precisam investir em produtos com maior valor agregado e buscar alternativas para manter o fluxo de exportações”, afirmou.
Estabilidade
A secretária de Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Alice Beltrão, reforça a necessidade de preparar o estado para lidar com instabilidades no comércio internacional. “Estamos atentos a esse cenário internacional e, embora os impactos ainda não possam ser quantificados, nosso compromisso é garantir estabilidade e segurança para quem empreende em Alagoas”, afirmou.
Ação
Entre as ações coordenadas pela Sedics estão a concessão de incentivos fiscais, o fortalecimento de arranjos produtivos locais (APLs), o apoio à transição energética e o diálogo com investidores. Para a secretaria, mesmo que os Estados Unidos não sejam o principal destino das exportações alagoanas, qualquer mudança nas regras internacionais exige atenção redobrada — sobretudo em setores como a agroindústria, que lidera os embarques do estado.
Agricultura Familiar
Marechal Deodoro recebe, em 7 de agosto, a terceira etapa do Circuito Regional de Feiras da Agricultura Familiar, com 30 estandes de produtos locais, artesanato e comidas típicas, além de atrações culturais. O evento acontece das 8h às 17h, no Largo do Nosso Senhor do Bonfim, em Taperaguá. A iniciativa do Governo de Alagoas visa fortalecer a produção local e a economia solidária. Interessados podem se inscrever até 6 de agosto pelo site da Unicafes/AL ou até 1º de agosto por e-mail na Secretaria de Agricultura do município.
Lúpulo alagoano
O produtor alagoano Aluysio Righetti, da Fazenda Sete Léguas, em União dos Palmares, conquistou o 2º lugar na categoria “Nugget” da 4ª edição da Copa Brasileira de Lúpulos, o maior evento nacional de reconhecimento aos produtores da planta, realizado em Campinas (SP). A premiação reuniu cervejeiros, sommeliers e especialistas para eleger os melhores lúpulos do país. Aluysio iniciou o cultivo em 2022 com 280 mudas, tornando-se 1º na cultura em sua região, após se impressionar com o dado de que 99% do lúpulo consumido no Brasil é importado.