Comércio
Trump oficializa tarifaço e agronegócio projeta prejuízo de US$ 5,8 bilhões

Tarifaço
Nessa quarta-feira (30), o presidente Trump assinou ordem executiva e confirmou a tarifa de 50% sobre importações brasileiras. A Conferência de Agricultura e Pecuária do Brasil calcula impacto de US$ 5,8 bilhões no agronegócio com a medida dos EUA.
Produtos não taxados
O decreto de Donald Trump que impõe tarifaço sobre produtos do Brasil que entram nos Estados Unidos inclui várias exceções. Ou seja, alguns itens não serão taxados. A lista tem 694 produtos, sendo a maioria ligada ao setor de aeronaves (565 itens) e à área de petróleo, carvão, gás natural e derivados (76 itens). Entre os alimentos, só castanha-do-pará, polpa e suco de laranja ficaram livres da taxa. O café, no entanto, não foi incluído nas exceções.
Acreditam em acordo
A lista de mais de 700 exceções divulgada pela Casa Branca ao confirmar os 50% sobre produtos do Brasil comprados pelos EUA ignora o café e a carne bovina, dois dos principais alimentos que o país de Donald Trump importa. Ainda assim, os setores ligados a esses produtos dizem acreditar que eles poderão ser contemplados em acordos futuros.
Negociação
“A lista de exceções nos sinaliza espaço para caminhos de negociação”, afirma a associação da indústria de café, a Abic. Trump adiou o início da medida, que seria nesta sexta (1º), em uma semana.
Aviação
As ações da Embraer disparam mais de 10% com a entrada do setor aeronáutico entre as exceções à tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump, que totalizam os 50% e oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês.
Animados
Os investidores se animaram com a notícia pois as tarifas poderiam elevar de forma significativas os preços das aeronaves. Segundo estimativas da própria Embraer, a empresa teria um custo adicional de R$ 50 milhões por avião. O impacto previsto era de cerca de R$ 20 bilhões até 2030.
Acredita Exportação
Na última segunda-feira (28), o presidente Lula sancionou o Programa Acredita Exportação, que devolve parte dos tributos a micro e pequenas empresas exportadoras. Aprovada por unanimidade no Congresso, a medida antecipa, de 2024 a 2026, efeitos da reforma tributária prevista para 2027.
Biocombustíveis
De janeiro de 2023 a junho de 2025, BNDES e Finep aprovaram R$ 11,7 bilhões para financiar a produção de biocombustíveis, mais que o dobro do valor entre 2018 e 2022. Segundo o governo, o objetivo é estimular combustíveis limpos e apoiar a transição para uma economia mais sustentável.
Moagem
Cooperativa Pindorama iniciou a moagem de grãos da safra 2025/2026. A expectativa é produzir 35 milhões de litros de etanol e 40 mil toneladas de WDG (Wet Distillers Grains, “Grãos Úmidos de Destilaria”) até junho de 2026. Os números representam um novo marco para a usina flex da cooperativa, considerada a primeira do tipo nas regiões Norte e Nordeste do país.
Eficiência
Segundo o gerente industrial da cooperativa, Erikson Viana, a estratégia de operação entre safras de cana tem permitido ganhos significativos de eficiência. “Desde que nossa planta flex entrou em operação, ampliamos o poder de produção e incrementamos tecnologia de automação. Enquanto a usina de cana pausa para o reparo, fabricamos etanol de cereais, o que amplia nossa margem produtiva”, explicou.
Gás natural
O governador Paulo Dantaso prefeito Wagney Dantas assinaram contrato de concessão de terras para a construção de nova estação de gás natural no município de Batalha, no Sertão do estado. A cerimônia aconteceu na tarde desta quarta (30), na Praça da Penha.
Cooperativismo
A Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) será a primeira beneficiada pelo fornecimento de gás natural à unidade fabril da cooperativa, que funciona em Batalha. “É uma alternativa sustentável. Nós usamos a biomassa e agora poderemos alternar. Jogaremos menos poluentes no ambiente depois da produção”, destacou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro.