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Nº 5905
Nacional

Inpe alerta que seca em 2003 deve ser severa

Brasília – O coordenador geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, fez ontem um alerta de que a seca na Região Nordeste no próximo ano deve ser severa. De acordo com ele, isso deve acontecer devido à presença do fenômeno El

Por | Edição do dia 31/08/2002 - Matéria atualizada em 31/08/2002 às 00h00

Brasília – O coordenador geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, fez ontem um alerta de que a seca na Região Nordeste no próximo ano deve ser severa. De acordo com ele, isso deve acontecer devido à presença do fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Em 98, último ano em que se registrou a passagem do El Niño, o Nordeste teve a pior seca em 150 anos, por isso a preocupação dos técnicos agora. “De fevereiro a maio de 2003 corre-se o risco de que as chuvas sejam abaixo da média. Por isso, há uma grande preocupação para o próximo ano”, afirma. Nobre sugere que o governo tome precauções para evitar conseqüências mais graves na região, caso a severidade da seca se confirme. Entre elas, a preservação de água de uma maneira mais rigorosa, a distribuição de sementes que tenham ciclos rápidos de crescimento, como as do feijão caupi e uma reserva de recursos para medidas assistenciais, como a distribuição de carros-pipa e cestas básicas. Com relação a este ano, ele prevê que a seca será branda, pois muitas regiões tiveram boas chuvas. Os maiores problemas devem ser enfrentados pelo sul e extremo leste do Piauí, áreas isoladas no sudoeste do Ceará, no sul do agreste do Rio Grande do Norte, no agreste da Paraíba, em áreas isoladas do sertão e agreste de Pernambuco, no sertão de Alagoas e Sergipe e no oeste e norte da Bahia. “Essas regiões terão problemas de abastecimento de água e na produção agrícola. Os açudes pequenos devem secar até o fim do ano”, prevê o coordenador geral do Inpe. As análises de Carlos Nobre foram feitas há pouco, na IX Reunião de Análise Climática para o Nordeste do Brasil. A partir dos dados apresentados por ele, o governo irá orientar suas políticas de convivência com a seca.

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