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Nº 5822
Nacional

Beira-Mar comanda motim e mata 6 em Bangu 1

Rio – O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 36, comandou, ontem, o assassinato de seus principais rivais dentro do presídio Bangu 1, no Rio. Policiais que estavam de plantão afirmaram que foram eliminados os traficantes Ernaldo P

Por | Edição do dia 12/09/2002 - Matéria atualizada em 12/09/2002 às 00h00

Rio – O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 36, comandou, ontem, o assassinato de seus principais rivais dentro do presídio Bangu 1, no Rio. Policiais que estavam de plantão afirmaram que foram eliminados os traficantes Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, Wanderley Soares, o Orelha, e Carlos Roberto da Silva, o Robertinho do Adeus – cunhado de Uê –, Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, Marcelo Lucas da Silva, o Café, e outro identificado como Robô, cujo primeiro nome seria Eucídio. Beira-Mar estaria armado com armas e granadas. Beira-Mar e seu comparsa Chapolim invadiram pela manhã as celas dos rivais, portando cinco pistolas e duas granadas, e avisaram que só deixariam policiais entrarem no presídio quando terminassem o serviço. Uê era considerado um dos traficantes mais perigosos do País. Segundo a polícia, ele teria comandado, de dentro da prisão, ataques contra postos policiais do Rio. Era um dos líderes da facção criminosa Amigo dos Amigos (ADA) e estava detido em Bangu 1 há seis anos. Fernandinho Beira-Mar é, segundo a polícia, o principal fornecedor de drogas para favelas dominadas pelo Comando Vermelho (CV), do qual também faria parte Chapolim, outro preso de Bangu 1. A prisão dos traficantes não reduziu o poder da facção. Em gravações feitas pelo Ministério Público em celulares dos traficantes presos em Bangu 1, Chapolim encomenda um míssil Stinger, o mesmo usado pela organização terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden. Invasão À noite, a governadora Benedita da Silva afastou o diretor do presídio, Ricardo Couto, e 12 agentes penitenciários que estavam de plantão antes da rebelião. Duas pessoas que estavam sendo mantidas reféns foram liberadas – um operário e um agente penitenciário. Ficaram outros seis reféns, que, segundo o Sindicato dos Servidores da Justiça, estariam algemados a uma porta, próximo a botijões de gás. Cerca de dois mil policiais se posicionavam, às 23 horas, quando do fechamento desta edição, para invadir o local a qualquer momento.

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