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Nº 5759
Nacional

Dengue explode no Rio com mais de mil casos em um dia

Rio – A Secretaria Municipal de Saúde confirmou mais 1.382  casos de dengue registrados no  período de apenas 24 horas – de quarta-feira até ontem – no Rio  de Janeiro. Desde 1º de janeiro até agora já foram notificados 11.646 casos da doença na cidade. D

Por | Edição do dia 22/02/2002 - Matéria atualizada em 22/02/2002 às 00h00

Rio – A Secretaria Municipal de Saúde confirmou mais 1.382  casos de dengue registrados no  período de apenas 24 horas – de quarta-feira até ontem – no Rio  de Janeiro. Desde 1º de janeiro até agora já foram notificados 11.646 casos da doença na cidade. Desses, 254 são do tipo hemorrágico, que se não for tratado corretamente pode levar à morte. Só este ano já morreram 11 pessoas no Rio de Janeiro em decorrência da dengue. O número já ultrapassou os dados de todo o ano de 2001, quando oito pessoas morreram de dengue na cidade. Em todo o Estado do Rio de Janeiro já morreram 14 pessoas, em 2002, por causa da doença. Até agora já foram notificados 33.671 casos da doença no Rio, desses, 577 são hemorrágicos. A maioria dos casos foi notificada na região metropolitana do Rio de Janeiro. As cidades mais atingidas pela doença foram Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Polêmica O medo do mosquito do Aedes aegypti está provocando polêmica entre especialistas em dengue e estudiosos de plantas no Rio. A questão que está gerando bate-boca é a presença de bromélias em casas e jardins. A bromélia, planta tropical que virou moda em decoração, é apontada como um dos principais criadouros de larvas do mosquito e se tornou alvo de agentes de combate à dengue por acumular água limpa em seu interior, formando o ambiente propício para a colocação dos ovos do Aedes aegypti. O entomologista da Fundação Oswaldo Cruz Anthonny Érico Guimarães afirma que, no caso de uma epidemia como a que tomou conta do Rio, a melhor solução é a eliminação das bromélias. “A bromélia é um perigo a mais para a proliferação do mosquito e o ideal é não tê-la em casa nem no jardim”, disse. O botânico Cláudio Nicoleti discorda. Ele ensina que uma receita caseira, misturando três colheres de chá de sal ou quatro de água sanitária para cada litro de água, é capaz de matar as larvas e de espantar o mosquito. “Basta trocar a água da planta diariamente, ou a cada três dias quando a água está misturada com água sanitária, que a bromélia pode ser mantida em casa com segurança”, explica. Guimarães, no entanto, afirma que as medidas sugeridas por botânicos não resolvem, pois elas são capazes de eliminar as larvas, mas não os ovos. “Os ovos ficam grudados nas folhas e mesmo a água sanitária é incapaz de matá-los.”

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