Cheiro forte indica exist�ncia de corpos em escombros de pr�dio
Rio A Defesa Civil suspeita que haja vítimas soterradas nos escombros do prédio que desabou na quarta-feira na esquina das ruas 1º de Março e do Rosário, no centro do Rio. No fim da tarde, o coronel Ward Gusmão, do Corpo de Bombeiros, disse que os bombe
Por | Edição do dia 28/09/2002 - Matéria atualizada em 28/09/2002 às 00h00
Rio A Defesa Civil suspeita que haja vítimas soterradas nos escombros do prédio que desabou na quarta-feira na esquina das ruas 1º de Março e do Rosário, no centro do Rio. No fim da tarde, o coronel Ward Gusmão, do Corpo de Bombeiros, disse que os bombeiros que trabalhavam no local sentiram um cheiro forte, que poderia ser de corpos em decomposição. O porteiro Raimundo de Melo, que trabalhava no hotel que funcionava no prédio, afirmou que um casal de hóspedes estava no prédio na hora do desabamento. Até o início da noite, nenhum corpo havia sido encontrado. Depois de trabalhar até o meio-dia no escoramento do prédio ao lado, que ameaçava desabar, os bombeiros retomaram a remoção dos escombros. No prédio que ruiu, funcionavam um chaveiro, um restaurante e um hotel. Doze prédios nas imediações continuam interditados, mas, em alguns deles, proprietários de salas comerciais puderam retirar documentos e equipamentos, o que não aconteceu com o dono do edifício que ameaça desabar (número 57 da Rua do Rosário), Carlos Marinho. Perdi tudo. O prédio pertence à minha família há 70 anos. Tenho um restaurante ali e não posso retirar nada, porque as paredes estão todas rachadas e já me avisaram que o prédio será demolido, disse. Ele afirmou que tirou fotografias do prédio que desabou momentos antes de ele ruir. Vou depor e vou ajudar no que puder para o inquérito ser o mais completo possível. O culpado tem que ser punido e eu tenho que ser ressarcido, ressaltou. O prédio teria desabado por causa de uma obra que estava sendo realizada no restaurante que funcionava no primeiro andar. Segundo Marinho, a obra começou no início da semana e era feita por um novo locatário. Ali funcionava um restaurante que faliu há uns três anos. Só agora é que alguém alugou o andar e começou a fazer obras, disse. O delegado-titular da 1ª DP (Delegacia de Polícia), Rogério Marchesini Franco, salientou que começará a tomar depoimentos na segunda-feira. Morte e pânico O sargento Francisco Mariano da Silva, 42, da PM (Polícia Militar), foi morto no fim da manhã de ontem com um tiro na cabeça na frente do filho e da mulher. O crime aconteceu na Rua do Carmo (centro) e causou pânico nas pessoas que passavam pelo local. Cerca de 20 lojas fecharam. Segundo a PM, Mariano foi assassinado após tentar interceptar uma dupla de assaltantes que roubara a bolsa de uma mulher. Ao ser abordado, um dos ladrões sacou uma pistola e deu um tiro à queima-roupa na cabeça do sargento, que estava à paisana.