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Nº 5759
Nacional

Brasil teme a chegada de v�rus dos EUA

Rio – O Brasil está preparando uma grande operação de vigilância, para alertar sobre uma possível entrada do vírus do Oeste do Nilo no País. O vírus, que causou encefalite, meningite e paralisia, já matou mais de 100 pessoas nos Estados Unidos na temporad

Por | Edição do dia 29/09/2002 - Matéria atualizada em 29/09/2002 às 00h00

Rio – O Brasil está preparando uma grande operação de vigilância, para alertar sobre uma possível entrada do vírus do Oeste do Nilo no País. O vírus, que causou encefalite, meningite e paralisia, já matou mais de 100 pessoas nos Estados Unidos na temporada de 2002, apenas três anos depois de ter sido detectado pela primeira vez naquele país – e no Ocidente – em um surto que apavorou Nova Iorque. O objetivo do programa é flagrar a entrada do vírus em território brasileiro, trazido do Hemisfério Norte por aves migratórias. A exemplo da dengue – reintroduzida no Brasil nos anos 80 e que se tornou endêmica –, a febre do Oeste do Nilo é transmitida pela picada de mosquitos adaptados a áreas urbanas. O inseto é apenas o vetor, passando a doença de aves, cavalos e outros animais para pessoas. A transmissão direta de uma pessoa para outra não é comprovada, mas, recentemente, os Estados Unidos foram pegos de surpresa pela descoberta de que transfusões de sangue e transplantes podem passar o vírus. Disseminação Os americanos também foram surpreendidos pela disseminação abrupta da doença, que – de novo, como a dengue – tende a ressurgir no verão. Até agora, são 2.206 casos em 33 dos 50 Estados americanos, com 108 mortes notificadas. No Brasil, já se trabalha para evitar que o vírus cause os mesmos estragos. “Estamos trabalhando em conjunto com o Ministério da Agricultura, o Ibama e a Sociedade Brasileira de Zoológicos para monitorar a possível entrada do vírus para o Brasil, através de aves migratórias vindas dos Estados Unidos”, disse o médico Eduardo Hage Carmo, coordenador de vigilância epidemiológica da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Eduardo conta que a Funasa está montando o sistema de vigilância há um mês. “Vamos baixar uma portaria nas próximas duas semanas que determina a participação de cada um no monitoramento, mas é só para oficializar, porque os papéis já estão todos definidos”, afirmou. O Ibama ficou responsável pelo monitoramento das aves migratórias, através do Centro de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres (Cemave), que colherá as amostras de sangue dos pássaros nos locais de invernada.

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