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Nº 5822
Nacional

Debate: Lula e Ciro atacam Serra sobre sa�de

Rio – No último debate dos candidatos à Presidência da República, promovido pela Rede Globo, ontem à noite, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS) aproveitaram o tema da mortalidade infantil para criticar a atuação do presiden

Por | Edição do dia 04/10/2002 - Matéria atualizada em 04/10/2002 às 00h00

Rio – No último debate dos candidatos à Presidência da República, promovido pela Rede Globo, ontem à noite, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS) aproveitaram o tema da mortalidade infantil para criticar a atuação do presidenciável José Serra (PSDB) no Ministério da Saúde. “Dificilmente a gente não teria um acordo de que houve uma melhora, mas muita coisa piorou”, disse Lula ao verificar que as opiniões dos dois presidenciáveis de oposição eram a mesma. Ciro disse que a questão da saúde “se transformou em campanha” e que o governo atual tem uma concepção errada do assunto. “Essa política (para tratamento) da Aids, que começou no governo Sarney, foi bastante ampliada no governo José Serra, eu reconheço. Mas dengue, malária e outras doenças aumentaram”, afirmou Ciro. Mais uma vez, o presidente Fernando Henrique também não foi poupado. “O governo FHC não gastou nada em saneamento básico, mas gastou em propaganda na televisão para tentar iludir as pessoas”, ressaltou Ciro, ao falar sobre a importância de investimentos na prevenção de doenças. O candidato Anthony Garotinho (PSB) atacou Serra ao afirmar que ele tinha “vergonha” de se assumir como candidato do governo FHC. “O povo está repudiando a sua candidatura que é o candidato dos banqueiros. O senhor deveria assumir que é o candidato do FHC”, afirmou Garotinho. Serra também foi agressivo em sua resposta e disse que o pessebista estava se comportando “como se estivesse no Casseta e Planeta”. “A emissora é certa, mas o programa é errado”, salientou Serra. Perguntas Garotinho disse, ainda, que o tucano não conseguia responder as perguntas e que, por isso, partia para a ridicularização de outros candidatos. “Eu exijo respeito”, afirmou. Os dois discutiram sobre a extinção da Sudam e da Sudene. Garotinho afirmou que FHC havia fechado os dois órgãos, enquanto Serra defendia o contrário. “Quem está certo, o senhor ou o FHC?”, perguntou. “Eu era ministro da Saúde, não fui eu que extingui a Sudan ou a Sudene”, disse Serra. “Nunca falei que iria reabrir a Sudan. Disse que a Sudene poderia ser transformada”, afirmou. O final do segundo bloco do debate entre os candidatos foi marcado por um “tiroteio” entre os candidatos Ciro Gomes e José Serra. Ciro aproveitou sua pergunta para cutucar o governo FHC enumerando vários problemas, como o desemprego no País e a destruição de 70% das estradas. Serra afirmou que não tinha a mesma “visão pessimista” de Ciro e sim “esperanças para o futuro”. Ressaltou que o País tem políticas sociais, que tem respeito internacional, melhorou com programa de apoio à agricultura e que em seu governo, essas questões vão melhorar ainda mais. O candidato do PPS apontou em sua réplica a experiência que tem citando os principais cargos públicos que exerceu e que vê que na realidade que o País passa por uma fase ruim. “Serra, temos que ver a realidade. Ninguém vai inventar outro País. Não é questão de otimismo ou pessimismo, mas sim o País que estamos pegando para governar.” Serra rebateu dizendo que a política cambial brasileira é adequada, mas problemas como os atentados nos EUA e a crise argentina afetaram o Brasil. Lembrou ainda que a atual política econômica começou na época em que Ciro era ministro da Fazenda de Itamar Franco.

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