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Nº 5759
Nacional

Serra aposta em liga��o com FHC para vencer no 2� turno

São Paulo – A estratégia da campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, será a de se diferenciar o máximo possível da imagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao contrário do que aconteceu no primeiro turno, Serra deve se assumir finalment

Por | Edição do dia 08/10/2002 - Matéria atualizada em 08/10/2002 às 00h00

São Paulo – A estratégia da campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, será a de se diferenciar o máximo possível da imagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao contrário do que aconteceu no primeiro turno, Serra deve se assumir finalmente como o candidato do governo e colar a sua imagem à do presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo o presidente do PSDB, José Aníbal, os tucanos querem tornar as imagens dos candidatos mais “transparentes”, para que o eleitor possa saber “quem é capaz de fazer uma mudança segura”. Outra mudança deve ser o fortalecimento do núcleo político da campanha e uma redução de poder do marketing. Nelson Biondi, responsável pela estratégia política do candidato, deve ganhar mais espaço na campanha com os políticos, o que poderia significar uma redução do poder do publicitário Nizan Guanaes. Perguntado se Nizan deixaria a campanha, Aníbal não quis responder e afirmou “que esta não é uma discussão relevante”. Depois o deputado disse que não tinha nenhuma informação a respeito do assunto”. Nova eleição “Vamos fazer uma nova eleição, vamos mostrar que esta nova  etapa não é apenas um desdobramento do primeiro turno”, afirmou  Aníbal ao responder sobre como irá diminuir a distância que separa  Serra do candidato Lula no número de votos. O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu ontem que esperava vencer as eleições ainda no primeiro turno. “Eu acreditei que tinha condições para ganhar no primeiro turno e trabalhei para isso. Não deu, paciência.” Lula, que disputa o segundo turno com José Serra (PSDB), afirmou, no entanto, que isso não irá “desmotivar” a militância petista. “As pesquisas mostravam que tínhamos 49% dos votos, você tem que convir que alguém que está nessa situação pode acreditar na vitória”, destacou. “O importante é que agora estamos no segundo turno, e a nossa campanha começa agora. Vamos marcar agenda, fazer comício, participar de debates. E já estamos tentando ampliar nossas alianças”, disse Lula. O candidato chegou a brincar sobre o tema, e frisou que estava preparado para jogar “90 minutos ou 120 minutos” em referência à duração de uma partida de futebol. “O nosso preparo físico é melhor que o da seleção”. Imposição A cúpula do PT descartou deixar de lado as alianças feitas no 1º turno das eleições para ter o apoio do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PSB) à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tradicionalmente, é possível ganhar novos apoios num segundo turno. Mas não se mexe na coligação de primeiro turno para ganhar o apoio de um ou outro partido no segundo turno”, disse o secretário-geral do PT, Luiz Dulci. Pela manhã, Garotinho condicionou seu apoio a Lula a uma revisão das alianças do PT com partidos considerados de direita. Entre as alianças criticadas por Garotinho está a com o PL, que indicou o candidato a vice de Lula, senador José Alencar (MG). O apoio do ex-presidente José Sarney (PMDB) também foi alvo de críticas pelo ex-governador.

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