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Petrobras tenta salvar P-34 injetando �gua em tanques

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Rio de Janeiro ? Para tentar evitar o naufrágio da P-34, a Petrobras começou a bombear no fim da tarde de ontem água do mar para dois tanques do navio-plataforma, que adernou na tarde de domingo, no campo de Barracuda-Caratinga, na bacia de Campos (norte do Estado do Rio). Serão injetados 5 milhões de litros de água no lado direito da embarcação, que ficou inclinado 32º para cima, depois que uma falha elétrica provocou a concentração de 11 milhões de litros de óleo nos tanques do lado esquerdo. O trabalho começou a ser realizado por volta das 17h30 de ontem, por sete técnicos da empresa. Eles chegaram ao local do acidente no início da tarde. Uma pane elétrica na plataforma P-34 foi responsável pela abertura indevida das válvulas que regulam a vazão dos tanques de lastro e de armazenamento de óleo. A abertura dessas válvulas permitiu que o óleo que estava nos 17 tanques da unidade -cerca de 11 milhões de litros, ou 11 mil metros cúbicos- fosse todo deslocado para o lado direito da plataforma, causando o desequilíbrio. Apesar de o navio-plataforma contar com um sistema de geradores, eles não entraram em funcionamento, por motivos ainda não explicados pela Petrobras. Ontem à tarde, a primeira etapa do trabalho dos técnicos enviados à P-34 foi justamente fechar as válvulas manualmente, para poder encher dois tanques do lado direito com água e tentar devolver o equilíbrio da plataforma. A operação está sendo apoiada por dois rebocadores -um para bombear a água do mar para os tanques e outro para fornecer energia. Prejuízo A paralisação da plataforma de produção de petróleo P-34 significa para a Petrobras uma perda de, no mínimo, US$ 816 mil por dia. Esse valor representa a queda de receita com a venda do petróleo produzido nos campos de Barracuda e Caratinga, onde está a unidade, na Bacia de Campos, litoral norte fluminense - este óleo tem valor de mercado de US$ 24 por barril. Se naufragar, a P-34 significará ao mercado segurador um prejuízo de US$ 140 milhões, valor da apólice liderada pelo Bradesco Seguros. A plataforma P-34 estava com a licença ambiental vencida desde 19 de agosto de 2001. De acordo com a Petrobras, a licença do equipamento ?estava em processo de renovação??. Segundo informação do superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Rio, Carlos Henrique de Abreu Mendes, há uma legislação nova sobre licenciamento de plataformas, de março deste ano, na qual a P-34 não está enquadrada. Mas, segundo ele, como a licença do equipamento venceu na vigência de outra legislação, a estatal está legalmente protegida. Segundo dados que constam de uma lista de licenciamento de equipamentos de petróleo no site da publicação ?Energia & Meio Ambiente??, a P-34 teve a sua licença ambiental renovada em 1998 e vencida em 19 de agosto de 2001. A lista inclui outras plataformas da Petrobras cujas licenças concedidas nos anos 90 venceram no ano passado. Investigação A Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha do Brasil vão constituir uma comissão conjunta de investigação para apurar as causas do acidente ocorrido ontem no navio-plataforma Prudente de Moraes (P-34) , da Petrobras, que ontem sofreu pane no sistema elétrico e adernamento durante operação de produção na Bacia de Campos, litoral do Estado do Rio de Janeiro. A P-34 operava desde de 1997 nos campos de Barracuda e Caratinga, que são considerados uns dos mais promissores da estatal e a Petrobras informou que ela está segurada no valor de US$ 140 milhões. A estatal não informou quais empresas são responsáveis pelo seguro nem qual é o tipo de cobertura. Em geral, as plataformas são seguradas no exterior por um pool de companhias seguradoras.

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