Petrobras reduz inclina��o de plataforma em 6 graus
Macaé (RJ) A Petrobras conseguiu reduzir em 6 graus a inclinação da plataforma P-34, que ainda corre o risco de afundar na Bacia de Campos, região produtora no litoral norte do Estado do Rio. No início da noite de ontem, a inclinação da embarcação e
Por | Edição do dia 16/10/2002 - Matéria atualizada em 16/10/2002 às 00h00
Macaé (RJ) A Petrobras conseguiu reduzir em 6 graus a inclinação da plataforma P-34, que ainda corre o risco de afundar na Bacia de Campos, região produtora no litoral norte do Estado do Rio. No início da noite de ontem, a inclinação da embarcação era de 26 graus e os técnicos da empresa começavam a bombear água para um segundo tanque no interior da plataforma. A operação deveria durar cerca de 18 horas, de acordo com o diretor-gerente de exploração e produção das regiões Sul e Sudeste, Carlos Tadeu Fraga. Após o bombeio para o segundo tanque, que tem capacidade de 5 milhões de litros, a empresa parte para a fase seguinte da operação de salvamento: o restabelecimento da energia na plataforma. Daí, começa a retirar parte dos 11 milhões de litros de óleo que estão em seus tanques, a fim de recuperar completamente a estabilidade da embarcação. O primeiro tanque recebeu 1,8 milhão de litros de água do mar, segundo o executivo, o que provocou a redução do nível de inclinação da plataforma. Para o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminense, Fernando Carvalho, a notícia da redução do nível de inclinação é boa, mas a entrada de água na plataforma deixa a embarcação mais pesada, o que requer cautela. A plataforma está voltando à posição normal aos poucos, mas está mais pesada e com mais risco de afundar, disse Carvalho. Demora O início da operação de bombeio para o segundo tanque demorou mais do que o previsto, segundo Fraga, porque houve dificuldade em conectar as mangueiras no casco da plataforma. A empresa conta com o apoio de especialistas estrangeiros em recuperação da estabilidade de navios e plataformas. Hoje, estavam a caminho de Macaé mais técnicos vindos da Holanda. Fraga disse que não é possível estabelecer uma conexão entre o blecaute ocorrido em maio na P-34 e o acidente de domingo. Só posso dizer que tomamos todas as medidas necessárias depois da ocorrência de maio. Se há relação, só as investigações podem dizer, sallientou. O Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminense vai pedir à direção da empresa um relatório sobre as medidas adotadas depois do primeiro blecaute, quando a plataforma também teve de ser desocupada.