Pedida CPI permanente sobre roubo de carros
Brasília A CPI Mista de Roubo de Cargas está na fase final de funcionamento. As últimas atividades devem ser diligências nas capitais do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Em Vitória, o grupo de deputados e senadores quer concluir as investigações inic
Por | Edição do dia 20/10/2002 - Matéria atualizada em 20/10/2002 às 00h00
Brasília A CPI Mista de Roubo de Cargas está na fase final de funcionamento. As últimas atividades devem ser diligências nas capitais do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Em Vitória, o grupo de deputados e senadores quer concluir as investigações iniciadas antes do período eleitoral. Após o segundo turno, a intenção do presidente da CPI, senador Romeu Tuma (PFL-SP), é visitar o Rio de Janeiro pela primeira vez, após os três anos de trabalhos. O vice-presidente da CPI, deputado Mário Negromonte (PPB-BA), lista também uma visita a Manaus. Ele assinala que, apesar da organização do crime, a CPI obteve muitos avanços. Por isso nós vamos solicitar no relatório que seja criada uma comissão permanente em função do índice altíssimo de roubo de cargas e de materiais desviados. De maio de 2000, quando as investigações da CPI foram iniciadas, até este ano, o prejuízo com roubo de cargas chega a R$ 1 milhão. Em 2001, foram roubadas 4,2 mil carretas. Até julho de 2002, o número de caminhões roubados já era de 3,8 mil. Uma progressão que chega ao final de dezembro com um aumento de 76% no número de carretas roubadas de um ano para outro. Modalidades A CPI Mista do Roubo de Cargas e a extinta CPI do Narcotráfico mostraram que essas duas modalidades do crime organizado estão claramente ligadas. As estimativas são de que o ataque a caminhões, mesmo comboiados, aumentou em mais de 2.000% em oito anos. E o produto do crime alimenta o tráfico de drogas. As empresas transportadoras, além de gastos crescentes com seguros, hoje usam até monitoramento por satélites para proteger as cargas, segundo o deputado Mário Negromonte. Quem sai tendo prejuízo é o consumidor final, porque cada vez que roubam remédios, pneus e produtos eletroeletrônicos o seguro aumenta, o risco fica maior. Aumentando o seguro, aumenta o preço da mercadoria.